Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 40 anos de profissão, 18 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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De olho em 2026

Especulação sobre Carlos Bolsonaro concorrer ao Senado por SC volta à pauta

Não é a primeira vez que o nome do vereador do Rio de Janeiro é lembrado para o cargo

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Foto: SBT News/Reprodução
Foto: SBT News/Reprodução

Há quase 11 meses, a coluna trouxe a informação de que o plano do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era provocar uma sequência de vitórias de seus filhos e da mulher Michelle no Senado, em 2026, para pavimentar pautas de interesse da direita, como abrir pedidos de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos focos mais evidentes, segundo a colunista Mônica Bérgamo, da Folha de S.Paulo, à época, era garantir um espaço ao vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), cuja alternativa seria disputar em Santa Catarina ou no Mato Grosso.

Agora, outra colunista, Bela Megale, de O Globo, é quem levanta a hipótese, já que Carlos teria dificuldades para disputar no Rio de Janeiro, Estado que já é representado pelo irmão Flávio, que tentará a reeleição.

A nova informação acrescenta uma novidade significativa: Bolsonaro, o pai, gostaria de ter o filho vereador a concorrer em Santa Catarina ou em São Paulo.

Isso significaria, em tese, que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, deverá, de fato, ser a opção da família ao Palácio do Planalto, caso o ex-presidente não reverta a inelegibilidade.

Mandato de Carlos Bolsonaro é polêmico

Hoje, Carlos Bolsonaro está no sexto mandato na Câmara da Capital fluminense. E tem um histórico de criar confusões no seio familiar, inclusive com a ex-primeira-dama Michelle.

Carlos foi citado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do pai do vereador, que afirmou que os “três garotos” que integravam o chamado “gabinete do ódio” durante o governo de Jair Bolsonaro eram subordinados ao vereador, que “ditava o que eles teriam que colocar, falar” em redes sociais do pai — no Instagram, Twitter e Telegram. Depois, o filho 02 abandonou as redes sociais do pai.

Para concorrer ao Senado e criar mais um problema para a composição da chapa majoritária de Jorginho Mello (PL) — que já tem o nome certo da deputada federal Carolina de Toni, indicada por Jair Bolsonaro —, Carlos teria que se mudar para Santa Catarina e mudar o domicílio eleitoral pelo menos seis meses antes da futura eleição.

Isso o afastaria, por ora, de uma eventual eleição suplementar, caso o senador Jorge Seif (PL) perca o mandato pelas mãos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso do poder econômico nas eleições de 2022, julgamento que deverá ocorrer em breve.

Outros da família devem estar na disputa

Mas o futuro do filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro, na eleição do próximo ano, não será o único que deve levar alguém com o sobrenome famoso à Câmara Alta do Congresso Nacional. Michelle Bolsonaro está cotada para concorrer pelo PL ao Senado pelo Distrito Federal.

Eduardo Bolsonaro, o 03, deputado federal por São Paulo, era nome certo ao Senado, antes do irmão Carlos aparecer no sorteio do bife.

O mais velho, Flávio, 01, deve concorrer à reeleição pelo Rio de Janeiro. Concretizada a estratégia, o Senado teria, ao mesmo tempo, quatro cadeiras em poder da família Bolsonaro.

Um Bolsonaro na disputa a qualquer cargo em Santa Catarina não é uma novidade. Em 2024, após se mudar para Balneário Camboriú, Jair Renan, o filho 04, conquistou uma cadeira na Câmara de Vereadores, justamente embalado pelo prestígio e musculatura eleitoral do pai.

Mas, desta vez, confirmado o projeto para Carlos Bolsonaro, deve haver repercussão entre os filiados e eleitores do PL no Estado.

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