Em dia de boas notícias, Alckmin afirma que governo é pelo diálogo na reoneração
Afirmação foi feita durante a vista na Fiesc, onde tratou da neoindustrialização
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Vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin declarou nesta sexta-feira (26), na sede da Fiesc, em Florianópolis, que o governo Lula é pelo diálogo e não esgotará esforços para equacionar a questão da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Para Alckmin, o que pesa na decisão de reonerar, contido em uma Medida Provisória, a partir de abril, foi estender o benefício a prefeituras com até 200 mil habitantes, o que fez a conta que era de R$ 9 bilhões subisse para R$ 18 bilhões.
A desoneração aprovada pelo Congresso prevê que os empresários e prefeitos podem optar entre 1,5% e 4% do faturamento bruto ou os 20% de desconto na folha, um impacto para os 17 setores que mais geram empregos no país. O alvo da MP da polêmica é garantir o equilíbrio do déficit público, cuja meta do ministro Fernando Haddad (Fazenda) é zerar, em 2024.
De acordo com Alckmin, o ideal é buscar uma boa solução para a questão da folha, acelerar a votação da reforma tributária – que elevará para 12% o PIB, em 15 anos – e a eficiência econômica: que desonera exportação, investimento e acaba com cumulativamente com a tributação. O outro pontos é a política industrial, que o mundo inteiro faz, para defender o emprego e fortalecer as empresas.
As boas notícias do programa de Neoindustrialização
Durante o encontro na Fiesc, ao lado do presidente Mário Cezar de Aguiar e da vice-governadora Marilisa Boehm (PL), Alckmin afirmou que, pelos índices alcançados, Santa Catarina está pronta para o programa de neoindustrialização, lançado pelo governo federal, e que prevê, em uma primeira etapa, R$ 60 bilhões de investimento. A caraterística do setor produtivo no Estado se encaixa, campeão nas áreas de TI e inovação, com a destinação dos recursos, com taxa referencial (juros menores), para pesquisa, desenvolvimento, inovação e digitalização, e que engloba uma indústria verde, sustentável, apoio em energia renovável e aos biocombustíveis.
E também contempla uma indústria competitiva, com depreciação para renovar máquinas e equipamentos. Uma indústria exportadora, inclusive médias e pequenas empresas, com apoio do Sebrae, presidido pelo catarinense Décio Lima, e que estava presente ao encontro na Fiesc. A previsão é quintuplicar os investimentos.
O presidente da Fiesc entregou as demandas da entidade ao vice-presidente da República. São novos pedidos de apoio à melhoria da infraestrutura nas rodovias federais que cortam o Estado, que ligam as regiões produtoras aos cinco portos e aos maiores aeroportos. Alckmin disse que a um investimento quintuplicou, só no ano passado, o investimento na área da infraestrutura, e isso virá em um pacote de obras, que já tem cronograma.
Prefeito da Capital entregou documento ao vice-presidente Alckmin
O prefeito Topázio Neto (PSD), de Florianópolis, entregou um resumo do Floripa Mais Tech a Alckmin. O programa consiste em parceria com Senai, Sebrae e Acate, que democratiza o ensino tecnológico com cursos gratuitos. Topázio entregou todas as informações sobre o programa o vice-presidente pudesse conhecer as diretrizes.
A prefeitura conceitua a proposta como uma jornada de qualificação profissional com suporte para ingressar na área de Tecnologia da Informação, conectar-se com outros profissionais da área que possuem vivência no mercado de trabalho e estudar gratuitamente, conciliando as formações com suas demais atividades pessoais. O ministério de Alckmin criou o programa Nova Indústria Brasil, e o Floripa Mais Tec está completamente aderente ao programa.
Sempre que pôde, durante a passagem por Florianópolis, Alckmin lembrou que conhece bem Santa Catarina. Deu aula em Blumenau e em Caçador, na Universidade do Contestado.
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