Disputa entre Moisés e Gean tem novo episódio
Denúncias contra o candidato do União Brasil tiveram a divulgação liberada pela Justiça Eleitoral
• Atualizado
Um dos temas mais quentes do debate realizado pela RBA TV, afiliada da Rede Brasil em Rio do Sul, na noite desta quarta-feira (14), relatos sobre problemas que envolvem a história política do candidato Gean Loureiro (União), foram liberados pela Justiça Eleitoral depois que o material produzido pela coligação que abriga o candidato à reeleição Carlos Moisés (Republicanos) chegou a ser retirado do ar.
Na propaganda são descritos a prisão de Gean, em 2019, em uma Operação da Polícia Federal, denominada Chabu, que investigava vazamentos de operações da própria PF; uma viagem do ex-prefeito a Cancún, no México, durante o isolamento da pandemia; e um vídeo em que aparece fazendo sexo com uma servidora, na sede da Secretaria de Turismo da Capital.
O juiz Sebastião Ogê Muniz acentua que os conteúdos são fatos “efetivamente veiculados na imprensa e seguem à disposição”, o que teve respaldo do procurador eleitoral Daniel Ricken, que não considera haver inverdades na propaganda, que passará por ajustes para deixar mais evidente de quem é a autoria.
O clima entre Gean e Moisés não é bom desde que o ex-prefeito da Capital passou a bater na questão do pagamento antecipado de R$ 33 milhões por 200 respiradores, que nunca chegaram ao Estado.
O governador afirma ter recuperado R$ 13 milhões, que já estão nos cofres do Estado, e que a penhora e sequestro dos bens dos envolvidos na fraude, da empresa fluminense Veigamed e outros atravessadores, já supera os R$ 38 milhões, e há ainda um processo que pede indenização a Santa Catarina de R$ 10 milhões.
Candidato do União Brasil se defende das acusações, mas é cobrado
Gean passou à defesa em contatos privados e públicos, e não foi diferente no debate da RBA TV, onde sustentou que, sobre o episódio com a então servidora, refere-se a uma questão pessoal, que já foi resolvida junto ao Ministério Público (o pagamento de R$ 27 mil em indenização para não ser processado) e explicada à família dele, e que não produziu efeito na reeleição em primeiro turno, em 2020.
Ralf Zimmer (PROS), contumaz crítico de Moisés, rebateu Gean e disse que o candidato praticou o ato em uma repartição pública, deve explicações e desculpas à sociedade, à mulher e à família dela.
Quanto ao episódio da PF, Gean, de fato, sequer virou réu, livrou-se, enquanto sobre Cancún o candidato sustenta que viajou quando a pandemia deu uma recuada e retornou ao país tão logo soube do aumento de casos da Covid-19, sem citar a pressão que enfrentou para fazê-lo.
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