Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Investigação rigorosa

Diretor-geral da PRF fica na mira do MPF

Silvinei Vasques é investigado por vários supostos delitos

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MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Nascido no Paraná, mas com residência e carreira estabelecidas em Santa Catarina, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, teve um pedido de afastamento do cargo, por 90 dias, solicitado pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (15).

Se afastado pela Justiça, Vasques ficará fora do cargo mesmo depois do fim do governo de Bolsonaro, quando outro diretor-geral deverá ter sido escolhido.

Esse é mais um problema depois que a Polícia Federal já havia aberto um inquérito para investigar a atuação dele nos bloqueios de rodovias pelo país, após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições 2022.

O MPF afirma que Silvinei teria feito uso “indevido do cargo, com desvio de finalidade, bem como de símbolos e imagem da instituição policial com o objetivo de favorecer um dos candidatos nas eleições presidenciais”.

No documento, o MPF ainda pede que o diretor da PRF seja condenado pela “prática dolosa de improbidade administrativa, por violar os princípios da administração pública”, com base em fala oficiais e postagens das redes sociais para mostrar que Silvinei teria feito campanha para o atual presidente, Jair Bolsonaro, inclusive na véspera da eleição.

Após pedido do MPF, a Polícia Federal abriu, na última quinta-feira (10), um inquérito para investigar a atuação de Silvinei Vasques nos bloqueios de rodovias pelo país, após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.

Bolsonaro teria feito pedido por Vasques a Jorginho

Na bolsa de especulações, corre solto entre os mais próximos do governador eleito Jorginho Mello (PL) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria pedido para que Silvinei Vasques fosse nomeado secretário da Segurança Pública em Santa Catarina, o que daria prerrogativa e foro ou foro especial para o atual chefe da PRF.

A informação não tem confirmação, até porque Jorginho afirmou que apenas depois de 1º de dezembro divulgará nomes do colegiado.

Vasques sempre foi próximo a Bolsonaro e conta com a simpatia dos conservadores locais, desde que recebeu o presidente quase todos os anos na formatura de novos policiais rodoviários na academia nacional da PRF, que fica no Bairro de Ingleses, no Norte da Ilha de Santa Catarina.

Se Jorginho precisa fazer um gesto para quem votou maciçamente no PL nestas eleições, resta saber como reagirão as demais forças de segurança do Estado (Bombeiros e as polícias Civil, Militar e Científica), principalmente porque a vice-governadora eleita, Marilisa Boehm, é uma delegada da Polícia Civil aposentada, diante das investigações contra Vasques.

Situação do diretor-geral se complicou

O inquérito aberto pela PF deve investigar a responsabilidade de Vasques nas operações da PRF durante o domingo, dia 30, 2º turno das eleições presidenciais, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia suspendido as ações em veículos que transportavam eleitores, e também suposta omissão do diretor-geral para acabar com os bloqueios montados nas estradas, à partir da noite daquele dia.

O MPF pediu ainda que a PF aprofunde os dados para verificar eventual crime de prevaricação, ou até mesmo envolvimento em atos antidemocráticos, por omissão.

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