Diretas do Azevedo: Sebrae vê prejuízos com o fim do parcelamento sem juros no cartão de crédito; Julia Zanatta leva susto com a conta em uma rede social; saiba por quê
Presidente Décio Lima afirma que 39% dos pequenos negócios usam a modalidade como capital de giro
• Atualizado
O Sebrae entrou de cabeça na defesa da manutenção da venda parcelada sem juros no cartão de crédito, uma contraofensiva dos bancos e instituições financeiras depois que o Congresso aprovou o Desenrola Brasil e deu prazo 90 dias para fosse feita a autorregulamentação para baixar as taxas de juros praticadas nesta modalidade de compras. O argumento da autarquia, comandada pelo catarinense Décio Lima, ex-prefeito de Blumenau e deputado federal, é o de que parcelar no cartão é usado por micro e pequenos empresários como forma de financiamento.
Enquanto defende que o parcelamento sem juros é um catalisador do consumo no país, adequa o consumidor a adquirir o produto que se encaixe no orçamento, além de funcionar como uma linha de crédito de capital de giro mais barata para o empreendedor, o Sebrae entende que justificativa para a extinção desta modalidade de compra não encontra qualquer amparo técnico. As instituições financeiras e operadoras de cartões de crédito ainda estudam limitar ao máximo o número de parcelas, o que parece ser um verdadeiro tiro no pé na busca de novos clientes.
No comparativo, o Sebrae explica que o cartão de crédito é usado por 39% dos donos de pequenos negócios como modalidade de financiamento, percentual bem mais significativo do que os 7% de empréstimos em bancos privados ou os 4% em bancos públicos, de acordo com a pesquisa encomendada da autarquia. Juntamente com o Sebrae, estão em entidades como Confederação Nacional do Comércio (CNC), Proteste, Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços (Afrac), Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Números confirmam a força do parcelamento sem juros
De acordo com números divulgados pelo Sebrae, o parcelamento com cartões de crédito sem juros movimenta R$ 1 trilhão: 10% do PIB do país. Ainda confirma que nove em cada 10 varejistas no Brasil adotam o parcelamento sem juros no cartão para efetivar ao menos parte de suas vendas, de acordo com pesquisa da CNC.
Na argumentação, também aparece um dado do Instituto Locomotiva, que revela que quase 115 milhões de brasileiros (78%) só conseguiram conquistar seus sonhos até hoje porque puderam comprar nessa modalidade. A pesquisa mostra que 42% das pessoas reduziriam seus gastos pela metade sem o parcelamento sem juros. E, segundo o Datafolha, 75% da população fez uso do crédito parcelado sem juros em 2022.
O susto de Julia Zanatta durou pouco
A deputada federal Julia Zanatta (PL) já estava na fase “cuspir marimbondos” quando a conta dela foi restabelecida pelo Instagram, no sábado (4). De acordo com a plataforma, foi um erro técnico.
Desde o episódio no diretório do PL de Balneário Rincão, na quinta-feira (2), Julia tem recebido uma série de críticas sobre as agressões que envolveram partidários locais e o marido da parlamentar Guilherme Colombo. Mas chamou a atenção uma publicação de Julia de alguém fazendo ameaças a Guilherme. Aí, também não vale.
Paulinha defende o corredor litorâneo
Lembram daquele projeto que o ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) anunciou, a do Corredor Litorâneo, que ligará a Grande Florianópolis a Joinville quase paralelamente à BR-101, pois a deputada Paulinha da Silva (Podemos) voltou a defender a realização da obra, que promete durar anos, e que depende da vontade política do governador Jorginho Mello (PL).
Paulinha usou as redes sociais para difundir o vídeo, com bastante recurso técnico. E não poupou a avaliação do quadro negativo ao dizer que, se não sair a rodovia, a região pode “falir economicamente”. Assista ao vídeo:
Morre o ex-vereador Jerônimo Alves
O presidente estadual do Republicanos, o ex-governador Carlos Moisés, fez uma homenagem ao divulgar a morte do ex-vereador Jerônimo Alves, o Bipo Jerônimo, no último sábado (4). A Câmara de Florianópolis divulgou uma nota de pesar. Jerônimo tinha 60 anos e as causas da morte, em São Paulo, não foram divulgadas.
Leia a nota da Câmara:
“É com pesar que a Câmara Municipal de Florianópolis recebe a notícia do falecimento do ex-presidente desta Casa Legislativa, Jerônimo Alves Ferreira, conhecido por todos Bispo Jerônimo. Respeitado por todos os colegas, foi um grande vereador, profissional e ser humano. Neste momento difícil, prestamos condolências aos familiares e amigos”.
Formado em Teologia pela Fatebom, de São Paulo, e doutor em Religião pela Universidade de Selvíria, Jerônimo foi um dos fundadores do Republicanos em Santa Catarina, quando se chamava PRB, sigla que presidiu no Estado e em Florianópolis. Era 3º suplente de deputado federal quando foi eleito vereador na Capital catarinense em 2012 e chegou a assumir a presidência da Câmara por seis meses, em 2014, eleito em substituição ao vereador César Faria.
Jerônimo era casado e tinha um filho. Jornalista e escritor, atuava na Igreja Universal do Reino de Deus. Como jornalista foi presidente do Grupo Guaíba de Comunicação, a Record no Rio Grande do Sul; diretor-presidente do Jornal Hoje Em Dia (MG), diretor Geral da Folha Universal (SP) e presidente da Igreja Universal do Reino de Deus no Brasil.
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