Diretas do Azevedo: Moisés se livra de investigação no MP definitivamente e Deltan Dallagnol é pego pela Lei da Ficha Limpa

Demorou mais de dois anos, mas a manobra que pretendia aumentar a tensão contra Carlos Moisés (Republicanos), em meio ao julgamento do segundo processo de impeachment na Assembleia, em fevereiro de 2021, acabou arquivada definitivamente pela Terceira Turma do Ministério Público de Santa Catarina, na terça (16), justamente a que apurava o suposto envolvimento do então governador na compra irregular de 200 respiradores por R$ 30 milhões.

Moisés deve ter sido o político mais investigado da história, pelas polícias Civil e Federal, pelo TCE, MP, STJ e Procuradoria Geral da República, além de uma CPI, que nada encontraram de participação dele na famigerada compra, que rendeu discurso para os adversários e isolamento para o ex-governador.

Nas redes sociais, Moisés citou Ruy Barbosa, ao se referir ao fato que questionava uma decisão do ex-chefe do MP, procurador Fernando da Silva Comin, que já pedira o arquivamento por falta de evidências.

Deltan foi pego no pulo

Quem diria que o ex-coordenador da Força Tarefa da Lava Jato, em Curitiba, Deltan Dallagnol, que foi acusado de combinar ações e sentenças com o então juiz federal Sérgio Moro, o que comprometeu diversas condenações, inclusive do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), perderia o mandato de deputado federal com base na Lei da Ficha Limpa.

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral consideraram, por unanimnidade, que Deltan, ex-procurador da República, cometeu a infração ao pedir exoneração do cargo enquanto respondia a 15 processos disciplinares internos, que poderiam resultar na aposentadoria compulsória ou demissão, fato também previsto na Lei da Inelegibilidade.

Deltan teve o registro da candidatura cassado. Ele que se elegeu pelo Podemos do Paraná e deve recorrer ao STF.

Assista comentário político:

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Twitter, Instagram e Facebook.