Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Ação política

Diretas do Azevedo: Fórum Parlamentar se reunirá com o secretário nacional da Defesa Civil; e a questão da Barragem de José Boiteux não se encerra no episódio de fechamento das comportas

Deputados e senadores atuarão pelas demandas dos municípios atingidos pela chuva

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Depois de uma reunião remota, neste domingo (8), o Fórum Parlamentar Catarinense se reunirá com o secretário nacional de Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff Barreiros. Será nesta segunda-feira (9), às 11 horas, também de forma virtual, para fazer uma série de pedidos para o atendimento das necessidades das milhares de famílias que tiveram perdas materiais e ainda correm risco de doenças em função de enchentes, deslizamentos e desalojamento.

Na reunião, deputados federais e senadores se conectaram com o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), que estava reunido, na sede da prefeitura, com o governador Jorginho Mello (PL), e com os secretários da Defesa Civil, o ex-deputado federal Coronel Armando (PL), e da Saúde, a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania).

Desde sexta-feira (6), Jorginho informou que estava em contato com o ministro Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), mas não há informa sobre uma visita do governo federal ao Estado durante a semana que se inicia. Na agenda do ministro, na página oficial da pasta, constam viagens à Bahia e ao Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (9); compromissos em Brasília, na terça-feira (10), e uma passada em Manaus, para acompanhar os efeitos da seca, com direito a sobrevoo das regiões atingidas pela forte seca na região.

Os integrantes do Fórum, hoje coordenado pela deputada federal Caroline de Toni (PL), prestaram solidariedade aos catarinenses e enfatizaram confiança na condução de medidas pelas autoridades estaduais e municipais. A bancada atuará forte para defender os interesses do Estado junto ao governo federal, mas também acentuou, nas palavras do senador Esperidião Amin (PP), que acordos precisam ser obersvados.

Compromissos devem ser a prioridade, respeitando a segurança e o cumprimento que deve ser enfatizado como um compromisso de todos nós daquelas obrigações que o Estado assumiu em 2003 para atender a demanda da população indígena da região, isso tem que ser um compromisso sério, transformado em lei, para que todos nós ajudemos a ser cumprido esse elenco de compromissos. Portanto, reiterando todos esses compromissos, fazer com que nós possamos conter, respeitando todos os princípios de segurança nas barragens, tudo que se possa conter para evitar danos maiores ao longo de todo o Rio-Itajaí Açu”. 

Esperidião Amin, senador (PP)

O deputado federal Jorge Goetten (PL) fez uma observação importante no fim de semana, pediu que a tragédia das enchentes em Santa Catarina não vire uma disputa política.
“Enchente não tem partido. Precisamos buscar soluções e não culpados. Não tem um salvador da pátria, só com união é que vamos superar esse momento”, disse Goetten.

Lula e ministro se manifestaram pelas redes sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) se manifestaram nas redes sociais sobre os graves eventos climáticos em Santa Catarina.

Reprodução/Redes Sociais

A séria questão que envolve a Barragem de José Boiteux

Não há como defender os atos de vandalismos dos indígenas da Reserva Duque de Caxias, em José Boiteux, que tentaram impedir o fechamento de duas comportas e destruíram equipamentos, com a quebra de máquinas e o ateamento de fogo nas casa de máquinas da Barragem Norte. Igualmente, não se pode tentar, sob quaisquer pretextos, criminalizar a atitude de uso da força pela Polícia Militar, que cumpria ordens para liberar o local. Por isso, a decisão do governador Jorginho Mello (PL), respaldada pelo Poder Judiciário, merece consideração.

Há diversas disputas internas entre os sete caciques das sete tribos que habitam a Reserva, e o governo do Estado sabe que, durante décadas, os acordos e atendimentos dos pleitos dos indígenas são automaticamente ignorados quando da mudança das lideranças indígenas. A ação coordenada da Polícia Militar e da Polícia Federal, que tem jurisdição sobre a área dos povos originários, deve ter evitado uma repercussão pior do aumento do volume do Rio Itajaí-Açú, em Blumenau.

Mas o problema é muito sério. Não deve ser reduzido ao episódio extremo deste domingo (8), que teve inclusive que reconstituir ligações elétricas e mecânicas para que o processo de fechamento fosse efetivado.

Protocolos incluíram as negociações com os indígenas

Constam muitos protocolos em torno do funcionamento das barragens integrantes do sistema de contenção de cheias no Vale do Itajaí (Taió, Ituporanga e José Boiteux). Existe um levantamento hidrológico, um amplo material desenvolvido nas gestões dos coronéis João Batista Cordeiro Júnior e Aldo Baptista Neto, que contém ainda um levantamento sócio-demográfico e de impacto ambiental das comunidades da Reserva Duque de Caxias.

Uma indígena foi contratada para fazer este levantamento, um detalhado trabalho que estabelece quantas cestas básicas seriam necessárias, quantas pessoas vivem em cada família, crianças de colo e em idade escolar, cadeirantes ou outros portadores de deficiência, e até o número de galinhas nas criações das casas, além de cachorros e gatos. Este precioso contato com os indígenas, que foi reforçado pelos ex-secretários, aparentemente foi deixado de lado depois por ação política partidária e a apuração técnica deveria ser retomada agora.

Também é igualmente notório que não deve ser o ponto de vista político, mas sim o técnico, que determine ou não o fechamento das comportas de um barragem. Conter o grande volume de água é um risco se chegar ao limite e começar a passar sobre a parede de contenção.

Bolsonaro confirma vinda a Chapecó

O prefeito João Rodrigues (PSD), de Chapecó, confirmou neste domingo (8), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém a visita a Chapecó, marcada para quinta e sexta, dias 12 e 13 de outubro, à Efapi.

Os problemas climáticos em todo o Estado, com menor impacto no Oeste catarinense, não teriam mudado os planos de Bolsonaro, que virou uma das atrações da festa.

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