Desembargadora Cinthia Schaefer acaba com especulações sobre ida ao governo Jorginho

A chuva de especulações sobre a ida da desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer para a Secretaria estadual de Administração Penal e Socioeducativa (SAP) foi encerrada nesta sexta-feira (6). A magistrada emitiu nota, enviada pela assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça, em que reafirma a continuidade na mais alta corte.

As informações surgiram após vazar que o governador Jorginho Mello (PL) havia convidado a magistrada para assumir a pasta, há uma semana. Jorginho não gostou da maneira como assunto veio a público.

Na terça-feira passada (3), a desembargadora Cinthia Schaefer determinou a prisão do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), a pedido do Ministério Público na Operação Caronte, que investiga a concessão a funerárias na maior cidade do Sul catarinense. Clésio gravou um vídeo e acusou Jorginho de ter agido politicamente para afastá-lo da campanha a prefeito de Vaguinho Espíndola (PSD). Jorginho nega e ainda adverte que Clésio ofendeu o Judiciário e o Ministério Público estaduais.

Atuação de destaque no TJ

Caso Cinthia Schaefer aceitasse o cargo na SAP, a perigosa ilação de Clésio ganharia corpo. Mas a desembargadora já teria decidido bem antes não aceitar a sondagem do governador pelas dificuldades da secretaria. Há 34 anos Cinthia Schaefer está na magistratura.

Não bastasse isso, a magistrada é uma das mais atuantes da 5ª Vara Criminal do TJ e tem sido a responsável por ordenar a prisão de 24 prefeitos, desde 8 de dezembro de 2022, dois vices e um vereador, mais vários empresários acusados de corrupção, entre outras na Operação Mensageiro, do Gaeco e Geac. Entre estes prefeitos e vices, estão ao menos três do PL, partido comandando por Jorginho.

Leia a nota da desembargadora:

“Apesar de recentes notícias, por vários meios, em torno de seu nome, a Desembargadora Cinthia Schaefer, por meio de sua assessoria, confirmou que continuará desenvolvendo suas atividades jurisdicionais, como o fez nos últimos 34 anos – sempre com lealdade, imparcialidade e correção.”

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