Desembargador Zoldan pede vista e Clésio Salvaro não sairá da prisão
Salvaro está no Complexo Penitenciário de Itajaí
• Atualizado
O julgamento na 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, nesta quinta-feira (12), foi marcado por um novo pedido de vista do desembargador Antônio Zoldan da Veiga, que informou que só apresentará o seu voto sobre a situação dos demais detidos pela Operação Caronte e sobre o prefeito Clésio Salvaro (PSD), na quinta-feira (19) da semana que vem. Com isso, tanto o prefeito quantos os demais detidos a pedido do Ministério Público Estadual, a partir das provas colhidas pela operação do Gaeco e do Geac que investiga supostas irregularidades na concessão do serviço funerário, permanecerão presos.
Salvaro está no Complexo Penitenciário de Itajaí, desde a deflagração de mais uma fase da operação, dia 3 deste mês, e a expectativa era a de que um habeas corpus fosse concedido para a soltura do prefeito. Assim como no caso de Salvaro, na semana passada, quanto em relação aos demais presos, a desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, relatora da investigação, votou pela manutenção da prisão.
O pedido de vista de Zoldan da Veiga aumenta a repercussão do caso na eleição municipal de Criciúma, balançada pelo fato que ganhou cores políticas quando, antes de ser detido, Salvaro gravou um vídeo em que acusou o governador Jorginho Mello (PL) de ter agido para retirá-lo da campanha de Vaguinho Espíndola (PSD) para beneficiar o deputado federal Ricardo Guidi (PL). Jorginho reagiu e disse que o prefeito “ofendeu o Ministério Público e o Judiciário catarinenses” com a declaração.
A nova sessão da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça está prevista para quinta-feira (19).
Operação Caronte
Os grupos de combate ao crime organizado (Gaeco) e de combate à corrupção (Geac), ligados ao Ministério Público de Santa Catarina, efetuaram, na terça-feira (3), a prisão de 10 pessoas na Operação Caronte, entre elas o prefeito Clésio Salvaro (PSD), de Criciúma. A operação investiga suposta ação criminosa na concessão de serviço funerário na maior cidade do Sul do Estado.
No último dia 26 de agosto, o Ministério Público denunciou os envolvidos pelos crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular. São, ao todo, segundo o MP, 17 integrantes presos preventivamente, desde o início da operação.
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