Deputado Jorge Goetten conhecia o suspeito de provocar as explosões em Brasília
Na última conversa, em 2023, parlamentar diz que percebeu que Tiü França estava perturbado
• Atualizado
O deputado federal Jorge Goetten (Republicanos) conhecia Francisco Wanderley Luiz, mais conhecido como Tiü França, dono do veículo usado nas explosões em Brasília, nesta quarta-feira (13), e disse, em entrevista à CNN Brasil, que, na última conversa entre ambos, em 2023, comentou com assessores que o conterrâneo de Rio do Sul parecia “perturbado”.
No relato, o deputado federal catarinense, que era do mesmo partido de Tiü França, quando ele concorreu a vereador, em 2020, pelo PL, afirmou que não viu o conhecido nesta quarta-feira, no Congresso Nacional, embora há relatos e imagens do suspeito no Congresso Nacional.
A assessoria de Jorge Goetten também confirmou à coluna que Tiü França não esteve no gabinete esta semana. Goetten descreveu o conhecido como um homem de vanguarda, que tinha sucesso nos negócios, eventos, e que, quando conversaram pela última vez, ouviu relatos de um Francisco “abalado com a separação da mulher”.
Em Rio do Sul, a informação é a de que Francisco é chaveiro, de 59 anos, teve desavenças com a família e seguiu para Brasília.
O agora suspeito Tiü França, que é dono do carro carregado de fogos de artifício que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, com placas de Santa Catarina, foi identificado como a pessoa que morreu, pelas autoridades do Distrito Federal.
O corpo estava próximo à estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal. Nas redes sociais, Francisco divulgou ameaças onde afirmava que “sugiro a vocês uma data especial para iniciar uma revolução: 15/11/2024”, e dava prazo para a Polícia Federal desarmar outros supostos artefatos.
Segundo relatos de pessoas que estavam no local, foram ouvidas fortes explosões em diferentes pontos da Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios.
Os ministros e funcionários do Supremo Tribunal Federal foram retirados do prédio sem ferimentos e a Câmara dos Deputados suspendeu a sessão em função das explosões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estava mais no Palácio do Planalto.
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