Depois da obstrução, Senado aprova isenção de Imposto de Renda; veja quem tem direito
Votação ocorreu pouco depois de encerrada a ocupação da mesa da Casa
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Após a obstrução da mesa que comanda os trabalhos no Senado, o plenário aprovou nesta quarta-feira (7), o projeto que atualiza a tabela mensal do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF), mantendo a isenção para quem ganha até dois salários mínimos, o que equivalente a R$ 3.036. A Medida Provisória venceria na segunda-feira (11) e o projeto aprovado segue agora para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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A oposição desocupou o plenário principal da Casa após mais de 47 horas de protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com a proposta aprovada, a isenção valerá a partir do mês de maio do ano-calendário 2025, que permite o abate na mordida do Leão. A medida foi relatada pelo líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA).
“Como relator dessa proposta, fico muito feliz pelo avanço de uma medida mais do que justa e necessária. Ganha o trabalhador, ganha o Brasil”, afirmou o senador baiano.
Jaques Wagner acredita que o presidente Lula sancione a medida em breve. No Congresso, ainda tramita outra proposta, relativa ao Imposto de Renda, a isenção para quem ganha até R$ 5.000,00 por mês, que, se aprovada, só valerá para a tabela de 2026.
Clima não era ruim no plenário
Mesmo depois da quase literal batida de mão na mesa do presidente da Casa, o clima não lembrava as ameaças do grupo de bolsonaristas que ocupou as cadeiras da mesa do Senado.
Depois de dissipada a obstrução, líderes do movimento como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Magno Malta (PL-ES) foram flagrados confraternizando com o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) com sorrisos estampados nos rostos.
Era o mesmo Alcolumbre que, na noite anterior, havia alertado que não admitira mais o “desrespeito com o regimento do Senado” e tomaria providências para impedir novas ocupações. Além de garantir, nos bastidores, que não deve pautar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma das demandas do movimento pró-Jair Bolsonaro (PL).
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