Democracia é isso: ou você gosta de participar ou não
Defesa do sistema eletrônico de votação e o combate às informações falsas marcaram a posse de Alexandre de Moraes à frente do TSE
• Atualizado
A posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral serviu para uma verdadeira catarse pró-democracia, melhor do que qualquer carta, com a presença de quatro ex-presidentes e do atual, e teve a força de fazer que até o sumido procurador-geral da República, Augusto Aras, na condição de procurador-geral Eleitoral, bradasse pela solidez de nosso sistema eletrônico de votação e contra as notícias falsas, as fake news.
Ao lado do vice-presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, Moraes, alvo constante de ataques e críticas dos setores mais conservadores, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), foi pedagógico ao afirmar que liberdade de expressão não contempla o ataque às instituições democráticas, tampouco a disseminação do discurso de ódio.
Para um auditório lotado, que o aplaudiu, com exceção de Bolsonaro, Moraes não mandou recados, simplesmente reafirmou a disposição de manter a lisura do processo eleitoral brasileiro, reconhecido no mundo inteiro, o único que apura os resultados de um pleito e os divulga no mesmo dia, “com agilidade, segurança, competência e transparência. Isso é motivo de orgulho nacional”.
Democracia existe com esta envergadura, permite o contraditório, abriga até os que não a querem e encontram pretextos sem argumentos para apedrejá-la, da extrema-esquerda à extrema-direita, portanto é imperfeita e, ao mesmo tempo, o mais perfeito dos regimes políticos, o que garante a opção de escolha.
Moisés foi à posse de Moraes no TSE em Brasília
Sem alarde, o governador Carlos Moisés (Republicanos), de costas na foto, participou da posse de Alexandre de Moraes, no TSE, em Brasília, uma das tantas autoridades presentes, que aproveitou para reforçar o compromisso e ser o interlocutor do Estado com os três poderes da República.
Na solenidade estavam os candidatos Bolsonaro e Lula (PT), além dos ex-presidentes Michel Temer, Dilma Rousseff e José Sarney, do alto dos 92 anos, que fez questão de valorizar a democracia na condição de primeiro presidente civil, ainda que eleito pelo colégio eleitoral, ao lado de Tancredo Neves, a assumir depois de 21 anos de regime militar.
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