Décio precisa de novos apoios ao centro

Disposto a conversar com todas as correntes em busca de novos votos e aliados para o segundo turno, o ex-deputado Décio Lima (PT) precisa, necessariamente, avançar em direção ao centro, um movimento que poderia acompanhar, em parte, os resquícios de divisões como a do MDB nacional, que liberou os filiados, enquanto a candidata Simone Tebet optou por Lula (PT) e os líderes emedebistas em Santa Catarina ficaram com Jair Bolsonaro.

A saber se haveria espaço para Décio conversar com descontentes de outras siglas, um atalho para diminuir a enorme diferença de Jorginho Mello (PL), que garantiu 865.053 votos a mais, sem que haja perspectiva de que o petista disponha ou inclua os outros 1.261.170 amealhados por Carlos Moisés (Republicanos), Gean Loureiro (União), Esperidião Amin (PP) e Odair Tramontin (Novo), tampouco a totalidade dos 24.809 assegurados pelo pedetista Jorge Boeira.

O coordenador da campanha da Frente Democrática (PV, PCdoB, Solidariedade, PSB e PT), o ex-deputado Gelson Merisio tem um papel fundamental nesta costura junto a dissidentes, quem sabe para forçar o crescimento do voto envergonhado em Lula.

Por ora, Décio tem recebido a manifestação da esquerda, como na foto onde aparece ao lado do vereador Marcos José de Abreu, o Marquito, do PSOL, com quem conversou sobre meio ambiente e juventude.

Marquito, engenheiro agrônomo com enorme rede orgânica e reeleito como mais votado à Câmara de Florianópolis, em 2020, abre esta porta para Décio e reforça a defesa da candidatura de Lula.

Aposta no horário eleitoral e nos debates

No dia 15 próximo, Décio estará ao lado de Jorginho Mello no debate que o SCC SBT e o SCC10 promovem ao vivo, a partir das 17h30min, no digital, e das 18h15min, na TV aberta.

A oportunidade de confrontar ideias e propostas, além de nacionalizar a discussão sobre o segundo turno em Santa Catarina, são algumas das apostas de Décio.

O maior investimento, no entanto, será no horário eleitoral que estreia nesta sexta (7).

Décio e Jorginho terão cinco minutos em cada espaço, no rádio e na TV, uma eternidade se comparado com o que dispunham na primeira etapa da campanha, o que fará com que o petista aproveite para fazer comparações e expor o passado político do adversário, embalado agora pelos votos verticalizados em Bolsonaro, no Estado mais conservador do país.

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