Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Reação ao Copom

“É pegar um empréstimo para falir ou quebrar amanhã”, diz Décio Lima sobre a nova taxa da Selic para o pequeno empreendedor

Presidente do Sebrae defende uma maior diminuição da taxa básica de juro

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Denner Ovidio/Divulgação
Denner Ovidio/Divulgação

A esperada redução da taxa básica de juro, em meio ponto percentual, de 13,75% para 13,25%, foi aplaudida por setores do comércio e indústria, mas não trouxe grandes alívios para os micro e pequenos empreendedores na opinião do catarinense Décio Lima, presidente nacional do Sebrae. Décio entende que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, depois de três anos, é um patamar considerado insuficiente para aqueles que enxergavam nos indicadores da economia espaço para uma redução mais significativa e não beneficia os empreendores.

Para Décio, os índices do volume de US$ 166,5 bilhões em exportações (cerca de R$ 750 bilhões), com superávit de US$ 45,5 bilhões (R$ 220 bilhões), o maior da história, sugeriria uma reação do Copom mais forte.

“O empreendedor precisa ter acesso a crédito a um custo viável para poder investir e ajudar o país a retomar o crescimento. Mas, com as condições atuais, é pegar um empréstimo para falir ou quebrar amanhã”, disparou o presidente nacional do Sebrae.

Na balança desta avaliação, Décio se apoia em dados de um levantamento do Sebrae, feito em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicam que 63% dos pequenos negócios tinham dívidas ou empréstimos no último mês de abril, sendo que pouco mais da metade dos empreendedores (52%) tinham 30% ou mais do seu custo representado pelo pagamento dessas dívidas. Segundo Décio, os pequenos negócios têm respondido por 7 em cada 10 novas vagas de empregos formais e contribuem diretamente para a vida de 85 milhões de pessoas, um contingente maior do que a população de países como França, Reino Unido, África do Sul e Argentina”.

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