Crise em Criciúma termina sem a prefeitura admitir o erro
Cobrança política do prefeito Clésio Salvaro (PSDB) ignorava atraso na prestação de contas da obra
• Atualizado
O quadro de catarse e de ameaças veladas que acordou Santa Catarina nesta quarta-feira (14), onde o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) acusava o governo do Estado, diretamente o governador licenciado Carlos Moisés (Republicanos), de possível retaliação política pela paralisação da obra de macrodrenagem no Bairro Pio Corrêa, o primeiro projeto contemplado pelo Plano 1000, justamente pela falta de repasses, ganhou um contorno de pacificação no fim do dia.
Uma reunião entre o secretário interino da Infraestrutura do Estado, Alexandre Martins, e o engenheiro Fábio Fernandes, da empresa responsável pelo serviço, a Confer, resultou na confirmação da retomada dos trabalhos já nesta quinta-feira (15), inclusive com a presença de representantes do governo do Estado, que estarão na maior cidade do Sul catarinense.
No resumo da ópera-bufa, o governo do Estado explicou que a prefeitura de Criciúma atrasou a informação da medição, que é a prestação de contas para o pagamento, e o município divulgou o cronograma que confirma a versão oficial.
Como ninguém admite o equívoco, que teve forte repercussão eleitoral e promete povoar os horários de propaganda no rádio e na TV, vale salientar que obras públicas são pagas conforme as medições apresentadas pela empresa que faz os serviços, e, no caso da Pio Corrêa, a última foi apresentada com atraso em agosto.
O contrato de mais de R$ 11 milhões, para evitar alagamentos em um dos mais populosos bairros de Criciúma, prevê repasses de quatro parcelas, duas já foram pagas.
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