Cosud foi um encontro de presidenciáveis em SC
Tarcísio, Ratinho Júnior e Zema ao lado de Jorginho, Casagrande e Castro: nomes cogitados para 2026
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Nem a ausência de Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, envolvido em uma agenda na Ásia, tirou do encontro do Consórcio de Integração dos Estados do Sul e do Sudeste (Cosud), durante três dias, em Florianópolis, o caráter de prévia do que virá na disputa ao Palácio do Planalto, em 2026. Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, tiveram os holofotes da imprensa, embora não saíssem das temáticas do encontro, tampouco dissessem uma só palavra sobre o indiciamento pela Polícia Federal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por suposto envolvimento nas invasões e depredações, na Capital Federal, em 8 de janeiro de 2023.
Tarcísio, Ratinho e Zema apoiaram Bolsonaro à reeleição, mas tratar do tema espinhoso não acrescentaria, neste momento, nada à causa dos estados, que debaterem duramente temas que passam pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), criticado quase sempre, mesmo que o nome tenha sido pouco citado, por conta de temas polêmicos como a PEC da Segurança Pública, os desastres ambientais e a Reforma Tributária. Jorginho Mello cumpriu à risca o papel de anfitrião, pois nem precisava repetir o que já é repetido sempre sobre a preferência dele por Bolsonaro em 2026, antes mesmo que o ex-presidente consiga derrubar a condição de inelegível.
O modelo do Cosud é positivo, uma forma dos estados que arrecadam mais de 80% dos impostos no país e são detentores da nada agradável marca de detentores 95% das dívidas com a União, se posicionarem no contexto nacional. Já tomaram a iniciativa de pedirem ao Congresso uma renegociação da dívida, o que avança a passos curtos, mas a discussão de pontos importantes pelos sete em bloco torna qualquer solicitação um trovão junto a deputados federais, senadores e o Palácio do Planalto.
Se juntarmos ainda à lista de prováveis presidenciáveis o governador Ronaldo Caiado (União), de Goiás, veremos que Sul e Sudeste ainda concentram os nomes mais fortes à Presidência. O bom desempenho das administrações nos estados é o maior portfólio aos pré-postulantes, que, em termos políticos, conseguem levar a bandeira do entendimento e da integração sem cores partidárias, uma barreira a menos a ser transposta a caminho de 2026.
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