Corregedoria deve decidir até o dia 13 sobre o futuro de deputados de SC
Caberá à Mesa Diretora se manifestar sobre o envio ou não do caso ao Conselho de Ética
• Atualizado
A Corregedoria Parlamentar da Câmara dos Deputados recebeu nesta segunda-feira (11) pedidos de punição a 14 congressistas que participaram, na semana passada, de obstrução de trabalhos no plenário e na Mesa Diretora da Casa, em ocupação que durou mais de 30 horas.
O corregedor da Câmara, deputado Diego Coronel (PSD-BA), já realiza análise técnica das representações contra parlamentares e deve se manifestar até quarta (13), data-limite para apresentação à Mesa Diretora de pareceres sobre cada caso.
Três parlamentares de Santa Catarina estão na lista: Carolina de Toni, Júlia Zanatta e Zé Trovão, todos do PL.
As ações pedem medidas que irão desde suspensão do mandato por seis meses até cassação de mandato.
Veja lista de deputados:
- Allan Garcês (PP-MA);
- Bia Kicis (PL-DF);
- Carlos Jordy (PL-RJ);
- Caroline de Toni (PL-SC);
- Domingos Sávio (PL-MG);
- Júlia Zanatta (PL-SC);
- Marcel van Hattem (Novo-RS);
- Marco Feliciano (PL-SP);
- Marcos Pollon (PL-MS);
- Nikolas Ferreira (PL-MG);
- Paulo Bilynskyj (PL-SP);
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
- Zé Trovão (PL-SC);
- Zucco (PL-RS).
O nome de Camila Jara (PT-MS) não está nessa lista, mas havia sido enviado anteriormente em representação direta do PL à Corregedoria. A parlamentar teria empurrado deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante confusão.
Definição só depois da corregedoria se manifestar
Comandada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a Mesa mandou representações à Corregedoria na última sexta (8), dois dias após motim. Entre terça (5) e quarta (6), deputados paralisaram funcionamento da Casa em protesto contra prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Congressistas envolvidos na obstrução de atividades, que ocorreu igualmente no Senado Federal, também pressionaram por votação de um projeto de anistia a envolvidos no atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, o que beneficiaria o ex-mandatário, impeachment do ministro Alexandre de Moraes, relator de processos contra Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), e fim do foro privilegiado.
Só depois da manifestação da Corregedoria, a Mesa Diretora pode pedir punição a deputados e encaminhar pedidos ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Caso o colegiado emita parecer favorável a medidas, congressistas ainda podem recorrer ao plenário.
Deputados de SC se manifestam
A deputada Júlia Zanatta disse que a situação em que é colocada, por quebra de decoro, é um absurdo por se tratar tão somente por ela estar com a filha de quatro meses no colo, e que este é o ponto levantado pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que fez a representação contra ela. Veja abaixo:
Júlia falou da condição de mãe e lactante nas redes sociais e disse que “a vida como deputada é passageira, mas a minha maternidade é eterna” e critiocu fortemente a esquerda pela campanha contra ela.
Zé Trovão mantém a mesma declaração da última sexta-feira:
“Estou com o coração tranquilo e em paz, pois sei pelo que luto. O que fizemos foi uma manifestação pacífica, por pautas legitimas como o fim do Foro Privilegiado, o impeachment de Alexandre de Moraes e a anistia aos perseguidos políticos do 8 de janeiro.
Esses assuntos, queimam no coração do Brasileiro, que tomaram as ruas do Brasil no último final de semana, para apoiar essas pautas e pedir o impeachment de Alexandre de Moraes.”
A coluna aguarda a posição da deputada Caroline de Toni.
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