Convenção do MDB será deliberatória e Antídio concordou
Na prática, os delegados poderão escolher entre um candidato próprio, a aliança com Moisés, um vice e um senador
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Uma nova versão sobre a elaboração do edital de convocação da convenção do MDB catarinense, marcada para o próximo dia 23, foi apresentada depois das 21h desta sexta (8), e assinala que houve consenso na construção que prevê um evento partidário deliberatório sobre as candidaturas ao governo ou a coligação com outras siglas, bem como para vice-governador e Senado, além da definição das nominatas para deputado estadual e federal.
O documento que, em um primeiro momento parecia uma derrota do ex-prefeito Antídio Lunelli – que pediu a intervenção do diretório federal para que fosse homologado candidato ao governo durante a convenção sob a alegação de que foi o escolhido no processo de prévia, conforme constava na resolução – foi construído, de acordo com o MDB, em clima de elevado diálogo.
A tese vencedora entre os integrantes do jurídico do MDB, que se reuniram nesta sexta (8) à tarde com o presidente em exercício, o ex-deputado Edinho Bez (foto), é a de que Antídio desistiu de concorrer quando aceitou, dia 20 de junho, durante encontro da executiva do partido, em Florianópolis, desistir para ser o vice na chapa de Carlos Moisés (Republicanos), situação que foi confirmada, por unanimidade, na reunião do diretório estadual, dia 27.
Só depois de receber o pedido para não ser o vice, feito por Moisés, Antídio resolveu manter a pré-candidatura ao governo, conversa que tiveram no mesmo dia 27, na Casa d’Agronômica, mas que só foi oficializada dois dias depois, quando Edinho esteve com o ex-prefeito de Jaraguá do Sul e o deputado Carlos Chiodini.
O edital está resolvido, ainda existe a expectativa de manifestação do diretório nacional sobre o pedido de intervenção, embora, dentro do MDB, poucos acreditam no sucesso do pleito do ex-prefeito, que ameaça entrar na Justiça caso não obtenha a vitória no questionamento.
Neste momento, Antídio está na berlinda, gerou um conflito na sigla e muitos que defendiam a sua postulação ao governo começaram a correr ou questionar a atitude extrema junto à executiva nacional.
Audiência de duas horas e meia
No início da noite de sexta (8), Antídio Lunelli pediu uma audiência com o presidente Edinho Bez, na sede do diretório estadual, em Florianópolis (foto) .
Junto com o deputado federal Carlos Chiodini, acompanhou assinatura do edital, e, mais tarde, a assessoria de Antídio informou que o documento foi feito de comum acordo.
A conversa, de acordo com release divulgado pelo MDB, durou duas horas e meia, em clima de abertura de diálogo, mas nada trata sobre o pedido de intervenção protocolado por Antídio, com ameaças se não for homologado.
Outra questão é saber quanto tempo vai durar esta aparente calmaria, pois não seria a primeira vez que os fatos que envolvem a pré-candidatura ao governo do MDB mudam de uma hora para outra.
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