Com bate-boca, Assembleia aprova a LDO
Deputados Paulinha da Silva (Podemos) e Bruno Souza trocaram farpas sobre uma emenda que interferia no futuro do Plano 1000
• Atualizado
Não foi sem emoção que a Lei de Diretrizes Orçamentárias, regras para a elaboração do Orçamento para o ano que vem, foi aprovada nesta terça (2), na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), com a previsão de receita e despesa em R$ 43,4bilhões, em 2023.
O personagem central foi o deputado Bruno Souza, que viu três posições defendidas por ele na Comissão de Finanças e Tributação, derrubadas em plenário, com direito a um embate com a deputada Paulinha da Silva (Podemos), fato registrado na foto, que questionou sobre uma emenda aditiva que obrigava o Executivo a incluir no orçamento do Estado os recursos que serão destinados para a elaboração das ações do Plano 1000, que acabou derrubada.
Paulinha, ex-prefeita de Bombinhas por duas vezes, foi fundo ao afirmar que bruno não entendia nada sobre administração, nunca governou, por isso pretendia prejudicar os prefeitos, foi quando a temperatura subiu a partir da parlamentar citar denúncias que estão rolando nas redes sociais contra o deputado do Novo.
Bruno reagiu, defendeu-se e apresentou justificativas ao que chama de fake News, mas ainda viu outra proposta rejeitada, fruto da emenda modificativa do deputado Marcos Vieira (PSDB), que restringe o teto de gastos com despesas primárias apenas ao Poder Executivo.
Mais modificações na norma
A terceira alteração na LDO foi a inclusão de uma emenda que inclui gráficos demonstrativos da evolução da receita e da despesa no texto encaminhado à Assembleia para facilitar a compreensão da peça orçamentária.
O autor, deputado Milton Hobus (PSD), ressalta que é uma questão de transparência.
Bruno se manifesta
O deputado Bruno Souza (Novo), usou o microfone do plenário da Assembleia nesta terça (2), para defender-se dos ataques que vem recebendo nos últimos dias, também se manifestou nas redes sociais pontualmente sobre supostos crimes e irregularidades que são imputadas ao parlamentar.
Bruno nega que tenha se beneficiado do projeto que reduziu os patamares do ITBI quando era vereador em Florianópolis; lamenta que a situação da mãe, de 75 anos, seja usada por um dos sete irmãos, com quem sequer fala há anos; afirma que é a falsa a reportagem e o autor da mesma, que traz as informações contra ele; nega a omissão de patrimônio e informa que o número relatado e de outra ação por perda de mandato; que nada tem a ver com o processo sobre agiotagem, que envolve apenas o seu pai e o processo é de 1989, quando o atual deputado tinha só 4 anos.; e que inclusive as denúncias do irmão Arthur que geraram um inquérito foram arquivadas.
Aliás
Sobre a questão da declaração de bens do deputado Bruno Souza, a ouvidoria do Ministério Público encaminhou uma representação, que será analisada.
Ainda não há uma investigação.
Antes desta nova informação, o deputado rebateu a reportagem em que existe a denúncia e afirma que “houve inquérito sobre o assunto, que concluiu pelo arquivamento, tendo em vista ter tido como objeto imóvel que foi vendido há mais de 15 anos por Bruno Souza, o mesmo não foi regularizado pelo comprador e sofria, à época, ação de usucapião com duas pessoas diferentes disputando a titularidade”, sendo que nenhuma delas trata-se do deputado, e acrescenta que há parecer do MP “opinando pelo arquivamento, e despacho concordando e acolhendo o pedido”.
Bruno afirma que não recebeu nenhuma nova comunicação, “mas não se surpreende se receber mais uma denúncia sobre o mesmo assunto, pois são decorrentes os recursos e pedidos de desarquivamento realizados pelo irmão que nas frequentes derrotas na justiça entra com ações até mesmo contra os juízes e promotores que analisaram o caso”.
Dinheiro dos respiradores de volta 1
Maior dor de cabeça do governo de Carlos Moisés e munição permanente dos adversários, a Procuradoria Geral do Estado anunciou que a 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça autorizou a administração estadual a receber R$ 13 milhões – R$ 11,2 milhões da Oltramed e pouco mais de R$ 2 milhões da TS Eletronic – envolvidas na compra de 200 respiradores da Veigamed, que nunca foram entregues.
A questão que deve ser um dos pilares dos ataques ao governador candidato à reeleição ainda mobiliza a PGE, que busca, via judicial, trazer para os cofres do Estado mais de R$ 38,1 milhões bloqueados de imóveis, participações em empresas e dinheiro, além de outros 10 milhões que estão sendo cobrados da Veigamed.
Dinheiro dos respiradores de volta 2
Cada vitória da PGE significa espantar um dos maiores fantasmas que ronda a administração estadual e deve monopolizar parte da campanha.
Moisés tem consciência de que o tema merece prioridade, embora dependa de manifestações do Judiciário, pois já é, de longe, a maior cobrança da sociedade e dos que protagonizaram inclusive uma CPI e um processo de impeachment que não deram em nada.
Candidato bem apadrinhado
O jornalista Rafael Pezenti já tem a singularidade de disputar uma cadeira à Câmara no lugar do deputado Rogério Peninha Mendonça, de que foi assessor, depois de conviver com o grupo político que tem o ex-deputado João Mattos e o deputado Jerry Comper, herdeiro político do deputado Aldo Schneider, todos do MDB.
Agora, Rafael anuncia os prefeitos reeleitos Geovana Gessner, de Trombudo Central, e Alexsandro Kohl – o Xandão, de Aurora, como coordenadores de campanha, que fazem parte dos mais de de 20 prefeitos, 18 vice-prefeitos e 210 vereadores já declararam apoio ao jornalista que tem como propostas a defesa das liberdades individuais, desburocratização, agricultura e fortalecimento dos pequenos municípios.
Ministro em Santa Catarina
O deputado federal Coronel Armando (PL) confirmou que o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações Paulo Alvim estará nesta sexta (5), em Joinville e Jaraguá do Sul.
Além de uma reunião com representantes da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais, em Joinville, Alvim fará palestra para a Associação Empresarial de Jaraguá do Sul.
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