Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Compromisso histórico

Catarinense Pedro Uczai preside sessão solene pelos 40 anos das “Diretas Já”

Parlamentar disse que o movimento reafirma os valores democráticos

• Atualizado

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O deputado federal Pedro Uczai (PT) presidiu, nesta terça-feira (07), no plenário da Câmara, a sessão solene em homenagem aos 40 anos do movimento “Diretas Já!”, que marca a retomada da democracia em plena a ditadura militar. Mesmo não tendo sido vitorioso, com a derrota da Emenda Dante de Oliveira no Congresso, que estabelecia a eleição direta para presidente da República, o fato despertou um debate nacional, que encerraria 21 anos de governo militar, em 1985, com a escolha de Tancredo Neves e José Sarney, ambos do PMDB, pelo colégio eleitoral, que era composto por deputados federais, senadores e delegados de cada Assembleia Legislativa dos estados.

Uczai declarou que “é fundamental reconhecermos e celebrarmos a mobilização do povo brasileiro, que lutou incansavelmente por um Brasil democrático. Para além disso, celebrar esse movimento é uma imensa oportunidade para reafirmarmos nosso compromisso com os valores democráticos e com a luta do povo brasileiro”. E relembrou que, naquele 16 de abril de 1984, mais de 1,7 milhão de brasileiros saíram em passeata reivindicando a retomada das eleições diretas.

À mesa que comandou a solenidade, Uczai foi acompanhado pelo filho do ex-governador Franco Montoro, Ricardo Franco Montoro; o deputado federal Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR); o Bispo Auxiliar de Brasília, representante da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Denilson Geraldo, e o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Octávio Floro Barata Costa.

Curioso foi o desenrolar dos fatos

O movimento “Diretas Já” surgiu de uma emenda constitucional proposta pelo então deputado federal Dante de Oliveira (PMDB-MT), em 1983, que foi governador do Mato Grosso, prefeito de Cuiabá e ministro do Desenvolvimento Agrário, que acabou rejeitada. Curioso é que, em 1985, um ano depois, a chapa Tancredo Neves e José Sarney foi eleita pelo colégio eleitoral com votos do PMDB, da Frente Liberal (dissidência da Arena), do PDS (sucedâneo da Arena), do PDT, do PTB e do PT – os três dois oito deputados da sigla que votaram a favor foram expulsos.

Tancredo, falecido em 21 de abril de 1985, nunca tomou posse e o vice eleito, Sarney, assumiu para um mandato de cinco anos. Sarney havia sido presidente da Arena, maior partido do ocidente na regime militar, e foi para o PMDB, em 1984, por uma necessidade legal que lobrigava candidato ao Planalto e a vice pertencerem ao mesmo partido.

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