Candidatos ao governo revelam poucas estratégias na TV
Primeiro programa mostrou a necessidade de apresentação da maioria dos concorrentes
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A frase “olá, sou candidato a governador” ficaria muito bem para a maioria dos oito postulantes, que têm representatividade na Câmara dos Deputados, e puderam conversar com o eleitor no primeiro programa do horário eleitoral no rádio e na TV, na sexta (26).
Com exceção de Esperidião Amin (PP), que respondeu a pergunta de o porquê concorrer pela terceira vez; Décio Lima (PT), pela segunda vez na disputa; e Carlos Moisés (Republicanos), focado em mostrar as realizações de sua gestão para fortalecer o projeto à reeleição, os demais, Gean Loureiro (União Brasil), Jorge Boeira (PDT), Jorginho Mello (PL), Odair Tramontin (NOVO) e Ralf Zimmer (PROS), ou se apresentaram com pequenos currículos ou ficaram a reclamar do pouco tempo de espaço na propaganda eleitoral.
Foi um primeiro contato protocolar, sem fugir da regra estabelecida por Décio e Jorginho, que se valeram dos vídeos com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL), para trazer a campanha ao Palácio do Planalto para dentro da eleição catarinense, trunfos que ambos os candidatos a governador não pretendem abrir mão durante a campanha, até 30 de setembro.
Invariavelmente, será no horário no rádio, que teve problemas sérios na entrega de material por parte de candidatos ao governo e ao Senado na estreia, e na TV, que o eleitor perceberá a mudança de humor e os ataques de quem estiver perdendo terreno ou esteja muito pesado para decolar, principalmente nos chamados spots, durante a programação, local preferido para a desova de críticas e denúncias contra os adversários.
Petista Décio foi o único a mostrar a vice na estreia
Personagem de uma polêmica no PSB até a sua indicação, a professora Beatriz Vargas, de Içara, foi a única entre os candidatos a vice a emplacar uma participação, mesmo que discreta no horário de Décio Lima (PT).
Para os responsáveis pela campanha, Bia tem o potencial de atrair votos por representar a mulher e ser negra, segmentos relegados a segundo plano no processo eleitoral e em grande parte da sociedade.
Jorge Seif emudeceu e pôs Bolsonaro para falar em seu lugar
Candidato ao Senado pelo PL, um dos poucos ungidos por Jair Bolsonaro em todo o país, o ex-secretário nacional da Pesca e Aquicultura Jorge Seif Júnior abdicou de falar e divulgou um vídeo onde somente o padrinho-presidente falou.
Seif ficou ao lado, tal qual Fabrício Oliveira (antes no PSB, agora no Podemos), hoje prefeito reeleito de Balneário Camboriú, na votação de admissibilidade na Câmara os Deputados do impeachment de Dilma Rousseff (PT), somente contemplando.
Se quiser votos além do seio conservador catarinense, terá que mostrar propostas e, preferencialmente, pronunciar umas palavras.
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