Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Justiça Eleitoral

Brizolista vira arma de Bolsonaro para contrapor julgamento no TSE

Vídeo divulgado pelo ex-presidente mostra ministro Carlos Lupi a criticar as urnas eletrônicas

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Foto: reprodução redes sociais.
Foto: reprodução redes sociais.

Um vídeo de Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, em que o atual ministro da Previdência Social do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende o voto impresso e questiona a confiabilidade das urnas eletrônicas virou a nova arma do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para se defender das acusações que podem levá-lo à inelegibilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O vídeo de Lupi foi gravado em 27 de maio de 2021.

É que foi o PDT, partido de Leonel Brizola, que ingressou com a ação no TSE que pede a cassação da chapa de Bolsonaro e do general Walter Souza Braga Netto (PL) por abuso do poder político no uso dos meios de comunicação para criticar o sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores, em julho do ano passado.

Carlos Lupi. Divulgação

No voto, o relator da ação, ministro Benedito Gonçalves, enquadrou Bolsonaro e o tornou inelegível por oito anos, a partir da eleição de 2022, mas Braga Netto foi isentado. O ministro ainda considerou que o ex-presidente, que era candidato à reeleição, desrespeitou a Justiça Eleitoral, o sistema eletrônico no país e a democracia brasileira, motivos para sugerir uma ação criminal e o pagamento de multa. Faltam os votos de outros seis ministros no julgamento que será retomado nesta quinta-feira (29).

Bolsonaro usou de esperteza para expor o PDT e seu líder, uma boa estratégia de defesa, mas nem precisaria de tanto empenho se a memória dos brasileiros alcançassem os intermináveis e bem articulados discursos do ex-governador Leonal de Moura Brizola, que governou o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. Brizola morreu, em 2004, sem reconhecer o valor das urnas eletrônicas e do sistema da Justiça Eleitoral, mesmo quando Lula foi eleito presidente dois anos antes e o PDT fez parte do governo.

Leonel Brizola. Arquivo/PDT

Assista ao vídeo divulgado por Bolsonaro nas redes sociais:

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