Bancada do PL cobra de Jorginho candidatos em Balneário Camboriú, Blumenau e Florianópolis
Em Itajaí, pesquisa determinou acordo de chapa pura de bolsonaristas
• Atualizado
Os hoje 13 deputados estaduais do PL na Assembleia, o que inclui o licenciado Sargento Lima, secretário estadual de Segurança Pública, fizeram um almoço para dizer, com todas as letras, ao governador Jorginho Mello, presidente estadual da sigla, que querem deputados estaduais e um ex-deputado na posição de candidato à majoritária em Balneário Camboriú, Blumenau e Florianópolis. O clima é de cobrança pela relevância que os correligionários do governador e do ex-presidente Jair Bolsonaro têm no Legislativo Estadual, no popular, querem ser ouvidos e respietados.
O tom resolveria, por exemplo, a pendenga em Balneário Camboriú, antes mesmo que o prefeito Fabrício de Oliveira (PL) decida propor um nome para a própria sucessão. Até agora descartado por Fabrício, o deputado Carlos Humberto, que, por duas vezes, foi vice-prefeito, tem o total apoio da bancada para disputar o cargo.
Em Blumenau, os deputados fizeram questão em torno do recém-chegado Delegado Egídio Ferrari, que estava no PTB. Para a Capital, o pedido é para que o ex-deputado Bruno Souza assuma, no mínimo, a condição de vice de Topázio Neto (PSD), depois que Jorginho confirmou o apoio.
O encontro na Assembleia foi promovido pelo deputado Jessé Lopes, que não aparece na foto, deve estar atrás da câmera do celular. Na foto, é possível observar a ausência do deputado Ivan Naatz, que tem base em Blumenau. Quem conhece Jorginho Mello sabe que este tipo de pressão não tem grandes chances de prosperar, mas talvez mude de ideia.
Em Itajaí, acordo faz chapa pura do PL ser anunciada
O que era uma disputa que poderia virar uma decisão complicada acabou com a realização de duas pesquisas e o cumprimento da palavra pelo governador Jorginho Mello, em Itajaí. A chapa à prefeitura pelo PL será pura com o secretário estadual adjunto Robison Coelho (Portos, Aeroportos e Ferrovias) na cebeça (à direita, na foto) e o vereador Rubens Angioletti (à esquerda) na condição de vice.
Os dois foram incentivados pelo deputado federal Jorge Goetten, que aparece ao centro, a trabalharem juntos e aceitaram a ideia de que o impasse deveria ser resolvido por uma pesquisa, o que de fato correu, embora Angioletti tenha solicitado uma nova rodada, depois que os resultados apontavam dois pontos percentuais de diferença na espontânea e quatro pontos percentuais na estimulada, dois resultados favoráveis a Robison.
Curioso é como o grupo político de Angioletti soube da decisão pela chapa pura, após uma viagem a Florianópolis. O vereador contou à Rádio Educativa Univali FM, que a filha dele deixou o telefone no chão e o cachorrinho da família é que apertou o envio automático da mensagem. Para Angioletti, foi uma “Cachorrice”.
Leia também:
Ari Bagúio renuncia e dos 18 prefeitos presos desde 2022, só quatro estão no cargo
Com a renúncia do prefeito Ari Wollinger, o Ari Bagúio (PL), de Ponte Alta do Norte, nesta quarta-feira (10), somente quatro prefeitos presos desde 8 de dezembro de 2022, em Santa Catarina, por supostamente terem cometido atos de corrupção, ainda continuam no cargo.
Na Operação Mensageiro, dos 16 prefeitos, um vice e um vereador presos, por supostamente receberem propina para manter os contratos com uma empresa de coleta e tratamento de lixo, somente cinco não perderam o mandato ou renunciaram.
Bagúio, preso com dois filhos e um secretário, em janeiro deste ano, na Operação Limpeza Urbana (desdobramento da Mensageiro), também foi investigado pelo Gaeco por suspeita de irregularidades no contrato de limpeza urbana do município, próximo a Curitibanos. Os filhos já conseguiram hábeas em março, mas o prefeito teve negado o benefício pelo Superior Tribunal de Justiça, na terça-feira (9).
O vice Rubens Bernardo Schmitt (PP) assumiu o cargo em definitivo, já que estava na função desde a prisão de Bagúio, investigado por associação criminosa, corrupção passiva e concussão.
Em Barra Velha, prefeito foi afastado e o vice renunciou
No dia 24 de janeiro deste ano, a Operação Travessia, também do Gaeco, prendeu o prefeito de Barra Velha, Douglas Elias Costa (PL), mas por outro esquema de corrupção. Costa é acusado de desviar recursos públicos para a construção de uma ponte na cidade.
O episódio rendeu um fato curioso com efeito cascata: Douglas Elias foi afastado por até 180 dias do cargo pelo Tribunal de Justiça, dois dias depois da prisão, e o vice-prefeito Eduardo Peres (Republicanos) renunciou ao cargo. Coube ao presidente da Câmara de Vereadores, Daniel Pontes da Cunha (PSD), assumir a prefeitura interinamente.
>> Para mais notícias, siga o SCC10 no Twitter, Instagram e Facebook.
Quer receber notícias no seu whatsapp?
EU QUERO