Autoridade portuária de Itajaí é questão vital para SC
O modelo ideal seria o híbrido entre município e a União
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Ainda não é definitivo, mas o aceno do ministro Márcio França (Portos e Aeroportos) para que a administração do Porto de Itajaí prossiga com o município em um híbrido com a União sugere uma mudança de planos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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A autoridade portuária nas mãos do município venceria em dezembro do ano passado, mas o leilão que poderia passar a estrutura para a iniciativa privada parece mais distante depois que os deputados federais Carlos Chiodini (MDB) e Jorge Goetten (PL) e os senadores Esperidião Amin (PP) e Ivete Appel da Silveira (MDB) acompanharam o prefeito Volnei Morastoni (MDB) e o superintendente do porto Fábio da Veiga na audiência com o ministro.
Itajaí, assim como Santos, estão no programa de privatização para o setor que foi desenhado no governo de Jair Bolsonaro (PL), mas enquanto o porto paulista interessa ao governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o catarinense de maior exportação de frangos congelados do país e outras carnes, além de madeira e derivados, cerâmicos, papel kraft; máquinas e acessórios, tabacos, veículos, têxteis e açúcar, sempre esteve nas mãos da prefeitura.
Ocorre que, desde a privatização foi colocada como solução, o Porto de Itajaí sofre com a desconfiança e o revés, que praticamente esvaziou o pátio de contêineres devido à incerteza sobre o futuro da maior unidade do Estado, um campeão nacional de exportações.
A eficiência da unidade, que sempre garantiu lucros e a qualidade no transporte de carga, transformou Itajaí em uma potência econômica e geradora de riqueza e empregos, depende de investimentos e uma maior movimentação de contêineres, o que poderá ser assegurado com a gestão híbrida.
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Grupo de trabalho discutirá o papel de Itajaí e do governo federal
Um grupo de trabalho será criado para, em 30 dias, criar um modelo ideal, uma situação que não diz respeito apenas ao município, mas a todo o Estado.
O fato é que, sem uma solução neste sentido, o Porto de Itajaí acumula prejuízos e a economia catarinense foi afetada, o que só tende a piorar caso o modelo de gestão compartilhada entre município e União, mantendo a autoridade portuária com a prefeitura, não avance.
O primeiro passo foi deter a possibilidade iminente de leilão, com o apoio do ministro Márcio França (PSB), mas o significado do que foi tratado nesta quinta (22) ainda está passivo de avaliação futura, desde que a concessão seja garantida por mais 35 anos.
França é sensível à causa porque foi governador de São Paulo e tem noção do impacto de um movimento brusco no setor de logística.
Confira comentário político:
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