Ato da Federação União Progressista atrai de Jorginho Mello a Tarcísio de Freitas
Formalização mostra a força de quem já nasce como a maior bancada na Câmara dos Deputados
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Formalizada nesta terça-feira (19), em Brasília, a Federação União Progressista, que reúne os partidos União Brasil e Progressistas (PP), nasce forte e com apelo substancial aos eleitores à direita do espectro político, capaz de atrair inclusive governadores bolsonaristas, como o catarinense Jorginho Mello (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, interessados nos desdobramento da eleição de 2026 nos estados.
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Mesmo que tenha o governador de Goiás Ronaldo Caiado como pré-candidato à Presidência, ele que defende que cada segmento da direita ofereça uma alternativa ao Palácio do Planalto, a nova federação sustenta o discurso pró-Jair Bolsonaro (PL), apesar da remota possibilidade dele concorrer no ano que vem.
Tanto que ao se manifestar em rápido discurso, durante o ato de formalização da federação, Jorginho atacou o PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, e pediu uma salva de palmas para Bolsonaro, gesto que caiu no gosto dos presentes ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Assista ao vídeo com o discurso de Jorginho Mello:
A presença de Jorginho, convidado pelos presidentes das duas siglas, que se revezarão no comando da federação, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e Antônio Rueda, tem significado direto em tentar atrair a poderosa federação, forte também em Santa Catarina, com seis deputados estaduais (a segunda maior bancada da Assembleia, ao lado do MDB) e um time de 62 prefeitos, 72 vices e 604 vereadores.
O nome da aglutinação é o do senador Esperidião Amin (PP), candidato à reeleição. A questão está na divisão das duas vagas na majoritária, já que Jair Bolsonaro pôs o filho 02 na disputa, quer o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) concorrendo por Santa Catarina e o PL local defende o nome da deputada federal Caroline de Toni, também indicado pelo ex-presidente.
Longe do evento, em Brasília, mas próximo de alguns prefeitos e deputados estaduais, o prefeito João Rodrigues (PSD), de Chapecó, também namora com a possibilidade de atrair integrantes da nova federação.
Ter a União Progressista ou parte dela ao seu lado, daria muito mais do que oxigênio a João, que busca formar uma aliança com vereadores e às bases partidárias, porém, neste caso, o tempo de rádio e TV interessa e muito. Isso só ocorrerá em caso de aliança formal, uma coligação.
Uma estrutura que nasce gigante no Congresso e nos estados
Os números da Federação União Progressista impressionam, como a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 109 cadeiras, e uma das maiores no Senado, com 14 vagas.
Na largada, a federação tem seis dos 27 governadores, tendo ganhado mais um no dia da formalização, Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, que era conhecido como “o último tucano”.
Veja os números:
Seis governadores: Gladson Cameli (PP), do Acre; Wilson Lima (União), Amazonas; Ronaldo Caiado (União), Goiás; Eduardo Riedel (PP), Mato Grosso do Sul; Antonio Denarium (PP), Roraima; e Coronel Marcos Rocha (União), Rondônia.
Quatro vice-governadores, 109 deputados federais, 14 senadores, 186 deputados estaduais e quatro distritais, 1.336 prefeitos, 1.183 vices e 12.394 vereadores
Em Santa Catarina:
1 senador (Esperidião Amin), 2 deputados federais (Fábio Schiochet e Coronel Armando)
Seis deputados estaduais (Altair Silva, Jair Miotto, José Milton Scheffer, Marcos da Rosa, Pepê Collaço e Sérgio Guimarães)
62 prefeitos, 72 vice-prefeitos e 604 vereadores
O problema da superfederação está no Planalto
A União Progressista precisa destrinchar um grande pepino político se quiser que os nomes de Ronaldo Caiado e Tereza Cristina, senadora pelo Mato Grosso do Sul, e alternativa do PP à Presidência, não caiam em “desgraça” na direita: tirar integrantes da sigla da Esplanada dos Ministério de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Se os discursos no ato de formalização já atacaram o presidente petista, a definição de quando devem desembarcar os integrantes do ministério de Lula virá como consequência. Hoje, Celso Sabino (Turismo), Waldez Góes (Integração Nacional) e Frederico de Siqueira (Comunicações), todos indicados pelo União; e André Fufuca (Esporte), do PP, têm prazo para decidir o futuro.
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