As repercussões da ação da PF contra Bolsonaro lembram Donald Trump
Ex-presidente foi encaminhado à sede da PF, em Brasília, nesta sexta-feira (19) pela manhã
• Atualizado
Alvo de um mandado de busca e apreensão, nesta sexta-feira (19), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está proibido de se aproximar de representações diplomáticas e de embaixadas de outros países, além de não ter contato com embaixadores e diplomatas, medida só tomada quando há provas de que o réu em um processo ou um investigado pretende pedir asilo político.
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A ordem está sendo cumprida pela Polícia Federal e, entre as medidas cautelares está a impossibilidade de se comunicar ou se aproximar dos demais réus do processo que investiga o suposto golpe de Estado.
Já que as medidas do Supremo envolvem a colocação de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar de 19h às 7h e em fins de semana, como apurou o SBT News, fica evidente a tentativa de algum movimento por parte do ex-presidente.
A ação da PF teve parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de coação, obstrução de justiça e ataque à soberania no processo em que Bolsonaro é investigado.
O boato que corre entre os apoiadores de Bolsonaro há alguns dias é o de um pedido de asilo, que forçaria as autoridade brasileiras a negociarem com o país que desse guarida ao ex-presidente, principalmente os Estados Unidos, em meio à aplicação de tarifas de 50% aos produtos exportados.
A decisão desta sexta-feira (19) deve aumentar a tensão no Congresso e terá repercussões junto ao governo norte-americano, até porque o ex-presidente também teria sido proibido de entrar em contato com o filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.
As manifestações já começaram entre os aliados
As primeiras reações à ação da PF, autorizada pelo STF, vêm de aliados de Bolsonaro, como o senador Jorge Seif (PL), que escreveu em sua rede social, “que país é esse!”
A deputada federal Julia Zanatta (PL), também fez postagem nas redes sociais:
Réu por tentativa de golpe
Bolsonaro, ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas são réus no Supremo por tentativa de golpe de Estado. Na segunda (14), a PGR pediu condenação do ex-presidente e de integrantes do “núcleo crucial” por envolvimento na trama golpista: quer pena de até 43 anos para Bolsonaro.
O ex-mandatário é apontado pela PGR como “principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos” na tentativa de golpe. Bolsonaro nega, afirma que não existiu golpe, que sequer a PF e a PGR conseguiram determinar quem eram os líderes desta trama.
Na quinta (18), Bolsonaro concedeu uma entrevista em frente ao Senado, cercado de políticos que o apoiam, e negou que o tarifaço de Donald Trump afete a soberania nacional. No mesmo dia, Bolsonaro recebeu uma carta de apoio do presidente dos Estados Unidos, onde Trump volta a criticar a ação que o ex-presidente brasileira enfrenta no STF.
*Com informações de SBT News.
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