As mulheres estão em alta na política e isso é essencial para os partidos
Elas são a maioria do eleitorado e não têm mais medo da vida partidária
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Entre os 156.454.011 eleitores brasileiros, em 2022, 52,65% eram mulheres, a imensa maioria dos votantes no país, que ainda buscam traduzir espaços esta representatividade nas urnas, mas isso é uma questão que está em franca mudança.
Em Santa Catarina, eram 2.849.469 mulheres, o que equivale a 51,91% do eleitorado, algo que leva a projetar uma maior participação do gênero feminino no ano que vem, basta observar a empolgação da foto que mostra um encontro do segmento do PL, em Tubarão.
O Estado tem, pela segunda vez, uma vice-governadora, Marilisa Boehm (PL), que sucedeu Daniela Reinehr (PSL depois PL), que hoje é deputada federal. Na Câmara, em Brasília, são Ana Paula Lima (PT), Caroline de Toni (PL), Carmen Zanotto (Cidadania) e Geovania de Sá (PSDB, no exercício do cargo) e Julia Zanatta (PL). Ana Paula já chega à Câmara na condição de vice-líerdo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, posto de destaque. No Senado, Ivete Appel da Silveira (MDB) herdou a vaga de Jorginho Mello (PL), eleito governador, mesmo assim era a primeira suplente.
A Assembleia há três parlamentares reeleitas: Ana Caroline Campagnolo (PL), Luciane Carminatti (PT), que está no quarto mandato, depois de ter sido duas vezes vereadora em Chapecó; e Paulinha da Silva (podemos), que também foi prefeita de Bombinhas por dois mandatos. Se o número diminui em relação às legislaturas anteriores, elas consolidaram uma posição entre os 40 deputados.
O que mais reforça à leitura política é que tanto na Câmara dos Deputados quanto na Assembleia foram duas mulheres as mais votadas. Embora ressalvada a escalada da segunda onda bolsonarista no Estado, Caroline de Toni (227,6 votos) e Ana Campagnolo (196.571 votos), ambas do PL, conseguiram números expressivos em reeleições.
Perspectiva às prefeituras são otimistas para 2024
Em 2020, 28 mulheres venceram prefeituras em Santa Catarina. A Federação de Consórcios, Associações de Municípios e Municípios de Santa Catarina (Fecam) é dirigida pela prefeita Milena Andersen Lopes (PL), de Vargem, um fato que nem chega a ser inédito na entidade. Cabe o destaque para duas vice-prefeitas em dois dos três maiores colégios eleitorais do Estado: Rejane Gambin (Novo), em Joinville, e Maria Regina de Souza Soar (PSDB), em Blumenau.
Na disputa às prefeituras, em 2024, os partidos têm intensificado o trabalho junto ao público feminino, praticamente ignorado há duas décadas, quando algumas poucas se arriscavam em um ambiente masculino, extremamente machista. A conquista de maiores recursos para as mulheres nas campanhas e a obrigatoriedade de 30% no mínimo para o preenchimento das chapas legislativas (câmaras de vereadores, Assembleia e Câmara dos Deputados) catapultaram a busca por candidatas com reais chances de escolha.
As candidatas-laranja, as que apresentavam o nome nas chapas e sequer pediam votos, fizeram siglas perder mandatos masculinos por incidirem em fraude, uma dura lição que os caciques partidários aprenderam à força. Em Florianópolis, por exemplo, entre os 23 vereadores há sete mulheres – sem esquecer que um dos mandatos é coletivo com cinco integrantes, uma delas transsexual.
É a maior participação feminina na história da Câmara da Capital. Todas pela primeira vez. Carla Ayres já havia ocupado a suplência, mas foi a primeira vereadora eleita pelo PT. Fez história assim como Manoella Vieira da Silva, a Manu, do Novo.
O futuro da participação das mulheres na campanha de 2024 depende de mais trabalho delas do que dos partidos. Alguns perfis citados neste post ajudam a subir um novo degrau ou a escada inteira, porém a busca pelo voto e mostrar que há uma visível diferença na maneira de agir na política serão decisivos igualmente.
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