Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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As muitas faces de futuras alianças entre o PL e o PSD

As duas siglas estão próximas em Chapecó e Florianópolis, mas o assunto não é unanimidade

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Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

O deputado estadual Ivan Naatz (PL) fez um tour pelo Oeste catarinense onde foi entregar recursos de emendas parlamentares, mas a foto que mais chamou a atenção foi a que abra este post, onde aparece ao lado do prefeito João Rodrigues (PSD), que comemorou 57 anos com um bom churrasco no sábado (23). A foto de Naatz provoca reflexões, mas deixa uma informação em aberto: o PL, de Leandro Sorgatto, que está à direita no encontro, terá ou não candidato para bater chapa com João?

É bem provável que não, embora a deputada federal Caroline de Toni, presidente da poderosa Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, seja o nome nas rodas de conversa entre os conservadores. João conta com a simpatia de grande parcela dos bolsonaristas locais e deve, no dia 10 deste mês, quando Jorginho Mello passará por Chapecó em dois eventos (inauguração da sede da Associação de Pais e Amigos do Autista, a AMA Oeste; e a assinatura do convênio para a construção da pista do Autódromo Internacional do município), ter um tratamento semelhante ao que o presidente estadual do PL teve com Topázio Neto (PSD), em Florianópolis.

Quando falta assunto, o pessoal do Oeste e de boa parte do Estado costuma dizer que João é o plano B de Jorginho caso o senador Jorge Seif (PL) perca o mandato no TSE. Devidamente apoiado pelo PL, o prefeito de Chapecó disputaria para ter quase sete anos de mandato em Brasília.

Em Concórdia, não tem conversa entre as siglas

Jorginho, Massocco e Daniela Reinehr no evento do PL em Concórdia. Divulgação

Para se ter uma noção de que não é em todo o lugar que as duas siglas vão emplacar e sequer se sentam à mesma mesa do café, basta dizer que o deputado estadual Edilson Massocco coordenou um encontro que reuniu mais de dois mil filiados ao PL, no sábado (23), menos de um dia depois do prefeito Rogério Pacheco se filiar no PSD. Pacheco e Massocco foram aliados nas duas eleições do atual prefeito, mas romperam quando o então vice se elegeu deputado.

Massocco levou o governador Jorginho Mello e a deputada federal Daniela Reinehr ao encontro, o que reforça a posição dele que pode escolher em permanecer na Assembleia ou concorrer à prefeitura. A opção, sem Massocco, seria o presidente da Câmara, vereador Fábio Luis Ferri (PL), também longe do PSD, que tem o vereador Fabiano Caitano como nome apoiado por Pacheco.

Nas duas situações, o PL aposta no favoritismo bolsonarista para comandar o município. Do outro lado, os pessedistas querem fazer uma grande aliança para evitar infortúnios. Em Concórdia, ainda aparecem como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito João Girardi (PT), que tem o apoio do deputado Neodi Saretta (PT), e Closmar Zagonel (MDB).

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