Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


Direto Ao Voto Compartilhar
ELEIÇÕES 2024

As Fake news estão na mira da Justiça Eleitoral de Santa Catarina

Dos 11 processos sobre desinformação, cinco já foram julgados.

• Atualizado

Por

Foto: Reprodução / SCC SBT
Foto: Reprodução / SCC SBT

A Justiça Eleitoral de Santa Catarina analisa, neste momento, 11 processos sobre desinformação, no popular, fake news. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), os casos foram registrados em Balneário Camboriú, Canoinhas, Criciúma, Indaial, Itaiópolis, Modelo e Tijucas.

Pelos dados, é possível deduzir que há mais de um caso em algumas destas cidades. Deste total, cinco foram julgados, a maioria considerado improcedente, e, em um dos casos, a autora da ação retirou a reclamação.

Com o passar das eleições, a desinformação tornou-se um problema para a Justiça Eleitoral, mesmo porque a reparação de um dano a um candidato nem sempre ocorre na mesma proporção do estrago provocado. Tanto que a Justiça Eleitoral desenvolveu um aplicativo, que pode ser baixado tanto na Apple Store quanto na Google Play, para fiscalizar a propaganda dos candidatos, o Pardal, que auxilia o eleitor a fazer denúncias de toda a ordem.

O Pardal ocupa um espaço interessante, já que a Justiça Eleitoral precisa ser provocada para determinar eventuais denúncias de crimes eleitorais. Não há, em regra, um fiscal do TRE em cada esquina ou o acompanhamento compulsório de propaganda eleitoral, tanto nas ruas quanto no rádio e na TV.

O eleitor deve fazer este papel, que, aliás, tem um mecanismo contra qualquer denúncia falsa, já que o autor da mesma deve se identificar e usar o eGov, uma senha pessoal do Governo Eletrônico. Se o relatado for uma falsa comunicação, o cidadão está sujeito a punições da lei, depois das devidas apurações das polícia judiciárias e do Ministério Público Eleitoral.

Às vezes, a desinformação é feita ao vivo

Em Santa Catarina, o candidato a prefeito Robison Coelho (PL), de Itajaí, teve que retirar do ar e de suas redes sociais uma informação divulgada contra o adversário Carlos Chiodini (MDB), onde dizia que o deputado federal votou a favor de um projeto na Câmara, em Brasília, a chamada “MP das subvenções”, que teria prejudicado o Porto de Itajaí. Na decisão, a 16ª Zona Eleitoral reconheceu a ilegalidade e puniu o candidato do PL.

Em resumo, Chiodini votou contra a medida no Congresso, que estabelece critérios para o abatimento de valores dos benefícios no ICMS da base de cálculo de tributos federais e determina que somente poderá ser abatido o valor dos incentivos fiscais que forem usados para investimentos e não despesas de custeio. A reação de Robison foi, durante um debate, justamente quando Chiodini o cobrava por ter acumulado quase R$ 500 mil em remuneração, diárias e passagens aéreas no período em que foi secretário estadual adjunto de Portos, Aeroportos e Ferrovias, e perguntava o que de concreto estas viagens renderam para a reabertura do Porto de Itajaí.

>> Para mais notícias, siga o SCC10 no BlueSkyInstagram e Facebook.

Quer receber notícias no seu whatsapp?

EU QUERO

Ao entrar você esta ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

Posso Ajudar? ×

    Este site é protegido por reCAPTCHA e Google
    Política de Privacidade e Termos de Serviço se aplicam.