Ari Bagúio renuncia e dos 18 prefeitos presos desde 2022, só quatro estão no cargo
Bagúio, preso com dois filhos e um secretário, em janeiro deste ano, na Operação Limpeza Urbana, também foi investigado pelo Gaeco
• Atualizado
Com a renúncia do prefeito Ari Wollinger, o Ari Bagúio (PL), de Ponte Alta do Norte, nesta quarta-feira (10), somente quatro prefeitos presos desde 8 de dezembro de 2022, em Santa Catarina, por supostamente terem cometido atos de corrupção, ainda continuam no cargo.
Na Operação Mensageiro, dos 16 prefeitos, um vice e um vereador presos, por supostamente receberem propina para manter os contratos com uma empresa de coleta e tratamento de lixo, somente cinco não perderam o mandato ou renunciaram.
Bagúio, preso com dois filhos e um secretário, em janeiro deste ano, na Operação Limpeza Urbana (desdobramento da Mensageiro), também foi investigado pelo Gaeco por suspeita de irregularidades no contrato de limpeza urbana do município, próximo a Curitibanos. Os filhos já conseguiram hábeas em março, mas o prefeito teve negado o benefício pelo Superior Tribunal de Justiça, na terça-feira (9).
O vice Rubens Bernardo Schmitt (PP) assumiu o cargo em definitivo, já que estava na função desde a prisão de Bagúio, investigado por associação criminosa, corrupção passiva e concussão.
Em Barra Velha, prefeito foi afastado e o vice renunciou
No dia 24 de janeiro deste ano, a Operação Travessia, também do Gaeco, prendeu o prefeito de Barra Velha, Douglas Elias Costa (PL), mas por outro esquema de corrupção. Costa é acusado de desviar recursos públicos para a construção de uma ponte na cidade.
O episódio rendeu um fato curioso com efeito cascata: Douglas Elias foi afastado por até 180 dias do cargo pelo Tribunal de Justiça, dois dias depois da prisão, e o vice-prefeito Eduardo Peres (Republicanos) renunciou ao cargo. Coube ao presidente da Câmara de Vereadores, Daniel Pontes da Cunha (PSD), assumir a prefeitura interinamente.
Veja como está a situação política de cada prefeito e vice presos na Mensageiro:
Prefeito | Município | Partido | Situação |
Luiz Henrique Saliba | Papanduva | PP | Mandato extinto |
Deyvison Souza | Pescaria Brava | MDB | Renunciou |
Vicente Corrêa Costa | Capivari de Baixo | PL | Renunciou |
Marlon Neuber | Itapoá | PL | Renunciou |
Joares Ponticelli | Tubarão | PP | Renunciou |
Caio Tokarski (vice-prefeito) | Tubarão | União Brasil | Renunciou |
Antônio Ceron | Lages | PSD | |
Antônio Rodrigues | Balneário Barra do Sul | PP | Mandato extinto |
Luiz Carlos Tamanini | Corupá | MDB | Renunciou |
Luiz Divonsir Shimoguiri | Três Barras | PSD | Renunciou |
Luis Antonio Chiodini | Guaramirim | PP | Renunciou |
Adriano Poffo | Ibirama | MDB | |
Patrick Corrêa | Imaruí | Republicanos | |
Sesar Tassi | Massaranduba | MDB | Renunciou |
Adilson Lisczkovski | Major Vieira | Patriota | Mandato extinto |
Alfredo Cezar Dreher | Bela Vista do Toldo | Podemos | Renunciou |
Felipe Voigt | Schroeder | MDB | Renunciou |
Mauricinho Soares consegue liberdade provisória em Joinville
O ex-vereador Mauricinho Soares (MDB), cassado por falta de decoro em função de ter sido preso na Operação Profusão, que investiga um esquema de corrupção no Ciretran de Joinville, foi solto do presídio de Joinville, na terça-feira (9). A liberdade provisória veio de um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a pedido dos advogados que defendem o político.
Mauricinho foi preso duas vezes em 10 dias, há quatro meses, uma das vezes em frente à Câmara, o que levou à abertura do processo por quebra de decoro parlamentar que determinou a cassação por 16 votos em plenário. O Ministério Público de Santa Catarina ainda pode recorrer no próprio STJ, que determinou uma série de medidas cautelares para que o ex-vereador fosse solto: não acessar prédios de órgãos estaduais de trânsito; não acessar setores de informática de órgão estaduais de trânsito; e estar proibido de ter contato com outros réus da Operação Profusão.
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