Aprovação de Lula despenca e razões estão no perfil do eleitor e na economia
Desaprovação de 56% é o pior índice desde 2023
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Evangélicos (67%), os que ganham mais de cinco salários mínimos (64%) e os que possuem até o ensino médio completo (64%) e os eleitores que possuem entre 16 e 34 anos (64%) constituem o grupo que mais desaprova o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo a pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2). O levantamento mostra que a aprovação despenca ao ponto de atingir o pior patamar desde o início da gestão do petista em janeiro de 2023.
A Genial/Quaest levantou que o índice de desaprovação, que era de 49% em janeiro, passou para 56% no mês de março. A aprovação, por sua vez, caiu de 47% para 41%. O novo levantamento também mostra que 3% não souberam responder. Os índices econômicos de alta de preços tem sido um dos fatores de descontentamento da população, o que deve-se, em parte, ao “efeito ovo”.
A pesquisa da Genial/Quaest entrevistou presencialmente 2.004 eleitores de 120 municípios entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiabilidade é de 95%.
Avaliação do governo também é problemática
Quando o item é a avaliação do governo, 41% consideram negativa a gestão de Lula (em janeiro, eram 37%), 27% avaliam como positiva (em janeiro, eram 31%) e outros 29% apontam o Executivo como regular (em janeiro, eram 28%). Outros 3% não souberam responder.
A pesquisa Genial/Quaest aponta que os únicos grupos onde a aprovação é maior que a desaprovação são os que possuem até o ensino fundamental completo (55%), os que ganham até dois salários mínimos (52%) e os maiores de 60 anos (50%).
O quadro negativo para Lula está relacionado diretamente à economia. Nem mesmo o anúncio de que, em 2026, haverá isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, que ainda depende do Congresso Nacional para ser aprovada, parece ter freado a queda da aprovação do governo federal, o que trará reflexos na campanha eleitoral do ano que vem.
Em Santa Catarina, a esquerda está tímida nos seus movimentos e apenas o nome do presidente do Sebrae, ex-deputado federal e prefeito de Blumenau Décio Lima (PT) já é cogitado para concorrer ao governo do Estado. Em 2022, Décio conseguiu chegar ao segundo turno, feito histórico em um contingente eleitoral conservador.
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