STF começa a ouvir os réus do núcleo crucial do suposto golpe de Estado
O tenente-coronel Mauro Cid foi o primeiro a depor
• Atualizado
Os oito réus do chamado “núcleo 1” do suposto golpe de Estado começam a ser interrogados no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (9). A etapa faz parte do andamento da ação penal e é entendida como o momento de autodefesa dos acusados.
Ao serem questionados sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e os crimes supostamente cometidos, os réus podem dar as suas versões dos fatos e se defenderem das acusações.
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Os interrogatórios estão sendo realizados presencialmente na Sala de Sessões da Primeira Turma do STF. O general Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro, é o único que será questionado por videochamada. O militar está preso no Rio de Janeiro.
Todo o processo é conduzido pelo relator da ação, ministro Alexandre de Moraes. Além de ser o primeiro a fazer questionamentos, ele é o único que pode falar diretamente com os interrogados.
Perguntas feitas pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet Branco, e pelos advogados das partes serão mediadas por Moraes.
Mauro Cid abriu os depoimentos
O primeiro a sentar no banco dos réus foi o ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid.
Por ter fechado acordo de colaboração premiada, o tenente-coronel abre para falar tudo o que sabe antes dos outros co-réus a fim de garantir a adequada defesa dos demais. Após Cid, os interrogatórios seguirão ordem alfabética:
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022
O gabinete de Moraes fez adaptações à Sala de Sessões da Primeira Turma para os interrogatórios. Uma mesa com duas cadeiras foi colocada no centro do espaço, em frente à bancada dos ministros. Os lugares são ocupados pelo interrogado da vez e um de seus advogados.
Outras oito mesas foram dispostas à frente dos assentos fixos da Sala para acomodar os réus que aguardam para serem ouvidos. A ordem alfabética dos nomes também será seguida na disposição destes lugares.
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