Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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Conversas políticas

Amin e Jorginho sabem que o caminho é a aliança

Os dois pré-candidatos estão em meio às especulações sobre um acordo para o governo do Estado

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O senadores Esperidião Amin e Jorginho Mello, no último almoço onde debateram o cenário eleitoral em SC. DIVULGAÇÃO
O senadores Esperidião Amin e Jorginho Mello, no último almoço onde debateram o cenário eleitoral em SC. DIVULGAÇÃO

A pressão das últimas horas para que o senador Esperidião Amin (PP) decline da pré-candidatura ao governo a favor de Jorginho Mello e indique um vice na chapa mora, exclusivamente, entre os apoiadores do pré-candidato pelo PL, circunstancialmente o partido do presidente Jair Bolsonaro.

Os dois têm conversado publicamente e nos bastidores, mas Amin passou a argumentar que o 11 estará na telinha e que o natural seria o PL lhe indicar um companheiro de chapa, após os nomes da deputada Angela Amin e do deputado João Amin figurarem, em momentos diferentes, como os vices dos sonhos de Jorginho, logo rotulados como especulação.

Porta-voz da tese pró-Jorginho, o deputado Ivan Naatz publicou nas redes sociais que “a união” entre os dois pré-candidatos ao governo “é questão de horas”, fato que indica um misto de “mãe Diná’’ e de expectativa, o que, em ambas as situações, sugere que, sem uma aliança, o projeto do PL, hoje desprovido de um grande parceiro, corre risco no Estado.

Amin tem influência entre os conservadores, Jorginho é neobolsonarista; o pré-candidato do PP é amigo do presidente da República e possui o recall de um desempenho político vitorioso de direita, enquanto o pré-candidato do PL passa boa parte do tempo a convencer os seguidores de Bolsonaro que é o apoiado por ele em Santa Catarina.

O passado conta

Um dia Jorginho já foi filiado à Arena e ao PDS antes de ir, em 1985, para o PL, onde permaneceu por 14 anos, mais outros quatro no PSDB, até 2012, e retornar ao PL.  

Nas conversas com integrantes do PP esta questão do passado político acaba sendo lembrada como um vínculo a não ser ignorado na hora de projetar uma aliança.

Outro ponto: Amin e seu grupo político lembram a Jorginho que a prioridade é a reeleição de Jair Bolsonaro e que unidos no mesmo projeto isso potencializa a força dos dois únicos pré-candidatos diretamente ligados ao presidente, que já declarou não se intrometerá nas questões paroquiais estaduais.   

Data definida

O PP marcou para o dia 23 deste mês, coincidentemente a mesma data anunciada pelo maior rival, o MDB, para a convenção que definirá o candidato ao governo, a vice e ao Senado, mais as listagens de candidato a deputado estadual e federal.

Amin e a cúpula do partido ainda aguardam a manifestação de siglas para compor a coligação, entre elas o PSDB.

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