Roberto Azevedo

O jornalista Roberto Azevedo tem 39 anos de profissão, 17 deles dedicados ao colunismo político. Na carreira, dirigiu equipes em redações de jornal, TV, rádio e internet nos principais veículos de Santa Catarina.


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As 18 medidas

A relevância do anúncio de Jorginho para amenizar os prejuízos da chuva

Para governador, estado permanece em alerta pois "o evento ainda não terminou".

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Reprodução/live/Secom
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O governador Jorginho Mello (PL) anunciou as primeiras 18 medidas que o Estado tomará para amenizar os efeitos e prejuízos provocados pela chuva, que assolaram Santa Catarina durante o período de 4 a 20 de outubro, com um aviso: “O evento ainda não terminou”. A possibilidade de mais chuva forte nos próximos dias só aumenta a importância do pacote, dividido entre social e econômico, o maior esforço que a administração estadual conseguiu por ora.

Nas medidas se observa a preocupação do governo em atender os pontos que ficaram mais fragilizados, uma ênfase em torno dos quatro municípios que decretaram Estado de Calamidade Pública, os mais atingidos: Taió, Rio do Oeste, Laurentino e Rio do Sul, todos do Alto Vale do Itajaí. Os prejuízos calculados em cima dos dados preenchidos no formulário de informação de desastre, do governo federal, chega a R$ 1,2 bilhão, o que impacta na área atingida de 45% do Produto Interno Bruto catarinense, cerca de R$ 151,2 bilhões.

A estimativa deve crescer, tanto que Jorginho pontuou que, só na agricultura, uma das áreas mais vulneráveis a variações climáticas e, de longe, a mais atingida, são outros R$ 1,5 bilhão entre perdas e prejuízos. Nem a estrutura física do próprio Estado deixou de ser atingida, mas a preocupação maior é manter empregos, daí a ajuda a empresários, seja em linhas de crédito do Badesc e do BRDE, com prazos de carência de 12 meses, e a postergação de dívidas com a Fazenda Pública, que durarão seis meses.

Os dados assustadores do que os catarinenses enfrentaram em 16 dias, com mais de 400 milímetros de chuva nas áreas mais atingidas, mas não menos de 200 milímetros na maioria das regiões do Estado, exigem pensar em planos de contingência de maior impacto e de uma melhoria no já eficiente sistema de barragens no Alto Vale do Itajaí.

Leia o detalhamento das medidas em: https://acesse.dev/QquYc

Governador pede pressa ao governo federal

Jorginho agradeceu a parceria do governo federal, lembrou da visita do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) no sábado passado (21), mas pediu pressa na liberação dos R$ 94 milhões aos municípios e os R$ 140 milhões para a recuperação de rodovias federais. O governador acrescentou as conversas que manteve em Brasília, com o vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB), com os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Fernando Haddad, onde voltou a insistir na devolução dos R$ 465 milhões que a administração anterior usou para pagar as obras nas rodovias federais que cortam o Estado.

Jorginho elogiou ainda a grande contribuição da Defesa Civil, do Estado e dos municípios, da Polícia Militar e do Bombeiro Militar, e das prefeituras, que estavam representadas pela prefeita de Vargem Milena Andersen Lopes (PL), presidente da Fecam, que entregou um documento em que solicita a melhoria das rodovias. Todas as demais medidas relacionadas à liberação da licença ambiental para obras emergenciais, feita pelo Instituto do Meio Ambiente, servem para a preservação de vidas e de empregos, o maior desafio quando a economia é fortemente abalada.

Jorginho também ficou de avaliar os benefícios para aposentados e pensionistas, como ocorreu no Rio Grande do Sul por causa de outro desastre natural e reforçou a missão dada ao secretário Edghar Usuy (Planejamento) para a criação do grupo de trabalho do programa Proteção Levada a Sério, que compilará projetos e ações, com estudos estruturantes para diminuir os impactos dos problemas climáticos, como verificados nos últimos anos.

Proposta de unificar ações no Codesul

O governador informou que, na última reunião com os governadores do Conselho de Desenvolvimento da Região Sul, que reúne Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, sugeriu que fosse criada uma ação unificada das defesas civis dos quatro estados. A sede seria em Florianópolis, porque a Defesa Civil catarinense já possui uma estrutura mais completa.

Vale lembrar que o governo do Paraná, além da Polícia Rodoviária Federal, enviou aeronaves para atender os municípios atingidos. O secretário Coronel Armando (Proteção e Defesa Civil) ressaltou que o governo federal atuou junto com a pasta estadual e os municípios, uma ação acima de cores partidárias.

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