A mensagem que o PSD passa com João Rodrigues
Pré-lançamento da campanha lotou o pavilhão da Efapi
• Atualizado
Circunstancialmente, o evento de pré-lançamento da campanha do prefeito João Rodrigues ao governo do Estado pelo PSD começou com um vídeo em que mostra os momentos difíceis que o então deputado federal passou ao ser preso no Complexo da Papuda, em Brasília. A libertação de João, condenado pela compra de uma retroescavadeira quando estava no exercício do cargo de prefeito em Pianhalzinho, onde nem o prefeito à época foi responsabilizado, e que está na pauta dos adversários, virou objeto de superação do pré-candidato pessedista.
Prefeito pela quarta vez de Chapecó, João já adiantou que será no campo da gestão que fará o debate, em 2026. O recado é para o governador Jorginho Mello (PL), que irá à reeleição, mas também para a parte do PSD que quer seguir com Jorginho.
João não afasta a possibilidade de mudar o rumo, se o eleitor catarinense quiser. Uma concessão que não faz parte do projeto pessoal dele, o de unicamente concorrer ao governo.
O pavilhão da Efapi lotado, tinha no palco representantes de outros partidos, como o deputado federal Fábio Schiochet, presidente estadual do União Brasil, que chamou o prefeito de Chapecó de “futuro governador do Estado”.
Como ele, estava o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União), que, de certa forma, representa a Capital do Estado. O prefeito Topazio Neto (PSD), que defende um alinhamento com Jorginho, optou por acompanhar a programação de 352 anos de Florianópolis.
Mas, deste PSD, que optou pelo seguir o atual governador, estava presente o ex-governador e senador Jorge Bornhausen, que, ao discursar, declarou “que seu partido está aqui ao seu lado, para seguir uma jornada longa, sem ataques”, e pregou um governo experiente com João.
Jorge saudou a presença do governador do Paraná, Ratinho Júnior, que “será o futuro presidente do Brasil. Antes, o presidente estadual do PSD, Eron Giordani, disse que é hora de termos um governo “sem improvisos”.
MDB, NOVO e PP estavam presentes
O promotor de Justiça aposentado, Odair Tramontin, que foi candidato à prefeitura de Blumenau com o apoio do PSD, disse que não falava em nome do partido, mas quer “João governador”.
O ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) lembrou que conheceu o atual prefeito de Chapecó quando o Estado era governado por Luiz Henrique. Pará Moreira, João tem as qualidades para assegurar a qualidade econômica e de vida de SC.
O deputado Altair Silva, que tem base no Oeste, falou como líder do PP na Assembleia, trouxe o abraço dos demais integrantes da bancada. Ele garante que a sigla estará com João, “seguiremos juntos”.
Entre os prefeitos do PSD, Juliana Pavan, de Balneário Camboriú, afirmou que também representava o pai, Leonel Pavan, para dizer que estavam com João, que esteve presente desde a filiação dos dois ao partido.
O presidente da Assembleia, deputado Júlio Garcia, superou até uma falha técnica no microfone para dizer que seria breve. Para Júlio, as pessoas vieram saudar João e Ratinho Jr, e time que quer ganhar precisa ter um governador e outro presidente da República.
Bolsonaro e Kassab no telão
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apareceu no telão do evento. No trecho do evento em Copacabana, em que cita que superou as diferenças com Gilberto Kassab e que o PSD está junto com ele no debate sobre o projeto de anistia na Câmara dos Deputados.
Kassab, presidente nacional do PSD, assegurou que o projeto de João nasce forte. Depois, Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, também enviou uma mensagem.
O governador Ratinho Júnior, do Paraná, iniciou o discurso elogiando os catarinenses. Disse que a força de família daqui, ergueram o Estado vizinho.
Para Ratinho Júnior, João é uma liderança que está pronto para assumir qualquer cargo que escolher. Ratinho, que é pré-candidato à Presidência, acredita que o projeto catarinense do PSD estimula a sigla a ter uma candidatura ao Planalto, algo que só mudará se Jair Bolsonaro (PL), voltar para a disputa.
Obras de Chapecó foram para o telão em evento de João Rodrigues
As centenas de obras que João Rodrigues realizou em Chapecó foram condensadas em um vídeo exibido antes do discurso do prefeito. Na tela, além das realizações físicas, a atenção às pessoas, o que pretende ser um dos motes da pré-campanha.
No discurso, João, recebido por uma chuva de papel picado e efeitos que lembravam fogos de artifício, agradeceu a todos os presentes e até ao “MDB raiz”, dias depois de dizer que não quer o partido no palanque dele ou ao seu lado.
Falou em resistência, citou Jorge Bornhausen. Abraçado à mulher Fabi, chorou, e falou das duas filhas. João declarou que tudo o que Bolsonaro passa hoje, ele já passou, e que isso só tem superação na fé, em Deus.
“Não era para eu estar aqui, mas estou no dia de hoje: ele me trouxe de volta para ser prefeito de Chapecó”, ao lembrar que enfrentou a pandemia de Covid-19.
Saudou Ratinho Júnior como o maior govenador do país. Que veio de baixo e não perdeu a humildade. E declarou, ao olhar o painel, onde estavam Jair Bolsonaro e os governadores Ronaldo Caiado (União), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Romeu Zema (Novo), que o país tem jeito. “Bolsonaro foi o maior presidente da história do Brasil”, concluiu.
João assegurou que sua trajetória também é de cuidar os “doentes”, que estão na rua. Revelou que avaliou não fazer o evento no sábado, na véspera do aniversário, mas diante de uma plateia lotada, afirmou que “já sinto o cheiro de vitória”.
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