A chuva de ações na Justiça que movimenta a campanha ao governo de SC
Candidatos travam uma batalha paralela nos últimos dias antes da eleição
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Gean Loureiro (União), Carlos Moisés (Republicanos), Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL) travam uma batalha paralela nos últimos dias antes da eleição, cuja campanha encerra nesta quinta-feira (29), na Justiça Eleitoral e até na Justiça Estadual, sem que isso pareça ser uma garantia de votos do eleitor.
A declaração de Moisés no debate da NSC TV, de que Jorginho pediu para ele manter um contrato motivou uma queixa-crime por parte da coligação que é liderada por Amin, que pretende estabelecer quem diz a verdade ou quem está sujeito a responder por advocacia administrativa ou calúnia.
O fato rumoroso ocorreu entre o primeiro e o segundo pedidos de impeachment contra o governador, portanto no início de 2021, quando o senador do PL, hoje candidato ao governo, se aproximava de Moisés e teria supostamente solicitado para que um contrato no sistema prisional, que beneficiaria uma empresa de um amigo, fosse mantido.
Havia três contratos em análise – uma licitação de contratos em Joinville, Lages e Itajaí, no valor de R$ 6,857 mil, que traria uma economia mensal de R$ 4,172 mil, para o fornecimento de insumos para as unidades – e tudo correu sem que a demanda de Jorginho fosse atendida.
Moisés garante ter provas da provocação feita na TV, até com o registro das presenças do senador na residência oficial, a Casa d’Agronômica, o que, no mínimo, desmonta o argumento de que nunca esteve próximo do governador.
Jorginho criticou a atitude de Moisés, o chamou de mentiroso no ar, gritou nos bastidores quando o microfone dele já estava desligado, e entrou no Juizado Especial da Capital com uma ação por danos morais contra o governador licenciado.
Amin tem mais um questionamento sobre Jorginho
No TRE, a coligação Experiência para servir Santa Catarina, liderada por Amin, patrocina uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral por prática de abuso do poder econômico por parte de Jorginho.
O objeto da demanda seriam os volumosos R$ 9 milhões do Fundo Partidário repassados pela direção nacional do PL, que Amin questiona serem para uso da campanha de Jorginho, mas sim para a candidata a vice, a delegada aposentada Marilisa Boehm, inclusive com a conta bancária criada por ela como o destino dos recursos.
A legislação eleitoral faculta maiores valores para as mulheres, porém é Jorginho que utiliza o valor, de acordo com o que consta na ação, o que poderia levar à cassação da chapa, algo pouco provável.
A coluna procurou a assessoria do candidato Jorginho Mello para pedir uma posição sobre o questionamento, esperou 24 horas para publicar a informação, mas não obteve resposta ainda.
Gean e Moisés contra os disparos
Ferozes em intermináveis batalhas judiciais durante a campanha, Gean e Moisés agora têm algo em comum. Enquanto o candidato à reeleição pediu para a Polícia Federal investigar disparos em massa no WhatsApp contra ele, com o que qualifica de fake news, o Pleno do TRE decidiu, nesta quarta (28), pela quebra de registros telefônicos e dos dados de WhatsApp para identificar quem transmitiu um vídeo contendo o que também considera notícias falsas contra o ex-prefeito de Florianópolis.
Nos bastidores, um candidato acusa o outro pela propaganda negativa.
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