Ocitocina: o hormônio do amor
Contato físico, carinho e abraços são formas naturais de liberar os neurotransmissores da felicidade.
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Acredito que uma das lições que vamos levar dessa pandemia é a importância de um abraço, né? Nunca sentimos tanta vontade de abraçar as pessoas que amamos. A distância forçada pelo isolamento social trouxe à tona sentimentos e comportamentos que nem todo mundo dava a devida atenção.
Mas por que um abraço tem feito tanta falta nesse período? Quando temos contato físico com as pessoas, um carinho, ou até uma massagem, por exemplo, liberamos o hormônio do amor: a ocitocina. Ele está diretamente ligado à felicidade e à sensação de prazer. Com exceção dos pacientes de doenças comportamentais, como autismo, esquizofrenia, déficit de atenção, hiperatividade – que têm baixos níveis de ocitocina e devem fazer suplementação hormonal, qualquer pessoa pode produzir naturalmente esse hormônio. E o mais bacana é que existem maneiras de liberá-lo com maior frequência.
Quem me passou essas dicas valiosas que eu agora compartilho com vocês foi a nutróloga Cristiane Molon. Além do contato físico, que nós já falamos alí em cima, praticar a generosidade, através de pequenas gentilezas, podem ajudar bastante. Até porque o nosso cérebro interpreta essas atitudes como uma forma de inspirar confiança. Outro fator importantíssimo é uma alimentação equilibrada. ”Alimentos ricos em vitamina C – laranja, limão, goiaba, frutas vermelhas -, alimentos com magnésio – que são as folhas verdes, a vitamina D, que é liberada ao tomar sol, são fundamentais”.
Até os animais de estimação são facilitadores. O contato com os bichinhos diminui o hormônio do estresse – o cortisol, e acaba aumentando não só a liberação da ocitocina, como também da dopamina – o hormônio da motivação, e a serotonina, que está relacionada com a sensação de bem-estar e de bom humor.
E sobre o abraço, olha só que interessante. Estudos científicos comprovam que para ele ser eficaz, ter o efeito terapêutico e liberar a ocitocina, tem que durar, no mínimo, 20 segundos. Esse tempinho abraçado pode transformar o seu dia! E enquanto você não pode abraçar os amigos e familiares que estão longe, por conta da pandemia, que tal abraçar quem está junto aí na sua casa, seu bichinho de estimação?
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