O lixo está caro demais
A pergunta é óbvia: O cidadão está disposto a pagar 2,5 vezes a mais pela coleta quando poderia ter o mesmo serviço por um valor bem menor?
• Atualizado
Florianópolis passou por duas greves da Comcap em 2020. Nenhuma surpresa. E neste início de ano, novamente o serviço está paralisado, devido à proposta de corte de benefícios destinados aos servidores da autarquia, que diferem do restante dos demais trabalhadores que atuam junto à Prefeitura da Capital. Ocorre que se trata de um órgão ‘inchado’ e deficitário – uma bolha que trava investimentos que seriam mais que bem-vindos à população.
Uma prova incontestável está na solução encontrada pelo Executivo municipal para evitar que a cidade fique entulhada de resíduos nas ruas – a terceirização. A redução dos valores é absurda – os serviços contratados emergencialmente custam R$ 176,89 por tonelada de lixo recolhido, enquanto a mesma quantidade representa R$ 420,80 pelo serviço oferecido oficialmente. A pergunta é óbvia: O cidadão está disposto a pagar 2,5 vezes a mais pela coleta quando poderia ter o mesmo serviço por um valor bem menor? Certamente, ao analisar estes valores, o contribuinte avalia com mais profundidade o destino de seu suado dinheiro.
Valorizamos – e muito – os trabalhadores da Comcap. A pergunta é se eles valorizam a posição que têm hoje, com emprego e renda garantidos. Será que é respeito ao cidadão parar um trabalho essencial por mais privilégios? Enquanto sociedade civil organizada, precisamos de incentivo para gerar menos resíduos – agora, discussões sobre benesses ou legislação de taxas e tributos municipais travam o processo e impactam diretamente nas escolhas pessoais e nas próximas gerações.
Se Florianópolis tem a meta de se tornar uma cidade ‘lixo zero’ quais escolhas temos? A cobrança do serviço e a gestão da coleta são questões fundamentais para atingirmos este objetivo, com apoio da população. Portanto, é hora dos vereadores assumirem esta responsabilidade e a chance de deixarem como legado uma Floripa mais humana.
A reformulação deste modelo é urgente. E a ACIF, como representante do setor privado da Capital, está ativa e colaborando para que essa nova realidade seja construída, apoiando os vereadores na decisão de enxugar a máquina pública municipal, começando pela Comcap e igualmente avançando em todas as frentes que permitem eficiência na gestão dos tributos pagos pelos cidadãos.
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