Clayton Ramos

Jornalista com 30 anos de carreira e apresentador do Tá Na Hora SC


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Clayton Ramos

O legado de Salézio Kindermann, um grande gestor do futebol feminino catarinense

Fundador e presidente do Avaí/Kindermann, não resistiu as sequelas da Covid-19

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Foto: Reprodução/Youtube/TV Avaí
Foto: Reprodução/Youtube/TV Avaí

Um visionário do futebol feminino. Assim era Salézio Kindermann, que faleceu na noite deste sábado por complicações da covid-19. Salézio merece ser referenciado.

Quando o futebol feminino ainda estava ganhando força no estado, ele não pensou duas vezes e logo trouxe as meninas para a cidade, mais precisamente Caçador, no oeste catarinense. Antes de fazer parceria com o Avaí, o futebol feminino já fazia muito sucesso, e levava o nome do estado de Santa Catarina para todo o Brasil.

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Depois da parceria com o time da capital, as meninas decolaram o fizeram bonito. Uma perda significativa para o esporte. Um legado que merece ser lembrado também com muito carinho e respeito. O Avaí se manifestou através de uma nota lembrando do parceiro de muito sucesso:

O Avaí FC e seus poderes constituídos lamentam, com pesar, o falecimento do nosso querido fundador e presidente do Avaí/Kindermann, vice-campeão Brasileiro Feminino da Série A 2020, Salézio Kindermann, 77 anos,  ocorrido no começo da madrugada, em Caçador.

Salézio foi vítima de complicações da Covid-19 e chegou a ficar 37 dias internados na UTI do Hospital Maicé, em Caçador, cidade sede do Avaí/Kindermann. Foi formada uma grande corrente no país em torno de sua recuperação. O dirigente chegou a apresentar melhoras, mas o quadro agravou-se nos últimos dias. O velório de Salézio Kindermann acontece a partir da manhã deste domingo e será restrito aos familiares.

O presidente Francisco José Battistotti, tão longo foi informado do falecimento de Salézio, transmitiu os sentimentos de pesar da Nação Avaiana à família, liderada agora pela viúva Brigida Kindermann. “Uma perda imensurável para todos nós que convivíamos com Salézio, uma pessoa de fino trato, um desportista valoroso e um idealizador. O principal alicerce do futebol feminino em Santa Catarina. Sentiremos muito sua falta”, disse Battistotti ao falar do amigo.

Natural de Gravatal, litoral catarinense, chegou em Caçador em 16 de março de 1965, na época com 21 anos, para trabalhar com seu irmão, em uma vidraçaria. Tempos depois criou sua própria vidraçaria, trabalhou também na FRAME Madeiras, até em 1988, fundar o Hotel Kindermann. Salézio foi goleiro dos Falcões. Em 1962, foi para o Exército, em Tubarão, uma grande experiência de vida. Também era gestor do Napoli, outra equipe integrante da Série A do Campeonato Brasileiro Feminino.


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