Novembro Azul: atenção à saúde dos homens
O câncer de próstata é o mais frequente entre eles, depois do câncer de pele. O diagnóstico precoce garante 90% de chance de cura.
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Hoje, no SBT Meio-dia, exibimos uma reportagem sobre uma pesquisa que apontou que os homens fazem 24% menos exames que as mulheres. A nossa equipe foi para as ruas ouvir o que eles têm a dizer sobre isso, e a grande maioria confirmou essa aversão aos procedimentos médicos. Durante o jornal, nós convidamos o pessoal de casa a interagir e contar sobre como essa realidade nas famílias catarinenses. Uma minoria disse que vai ao médico periodicamente, mas muitos inclusive contaram que têm medo de hospitais.
A campanha Novembro Azul surgiu justamente para tentar mudar esses dados e conscientizar o público masculino, principalmente com relação à prevenção do câncer de próstata. E esse ano ainda tem um agravante: a pandemia. Uma estimativa do INCA (Instituto Nacional do Câncer) aponta mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata somente em 2020.
“Os homens precisam saber quando ir ao médico e quais problemas podem ter, entendendo a necessidade do tratamento e deixando o preconceito de lado para cuidar da própria saúde”. É o que diz o médico urologista Raphael Lahr, reforçando a importância do acesso à informação e a procura por atendimento sempre que necessário.
O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. Nas fases iniciais, a doença não costuma apresentar sintomas, é mais silenciosa, e o diagnóstico precoce, por meio de exames e consulta médica, garante 90% de chance de cura. “Quando apresenta sintomas, significa que o câncer já está em uma fase mais avançada, causando urgência para urinar e presença de sangue na urina ou no sêmen”, revela Lahr.
De acordo com o especialista, os homens devem ficar atentos aos fatores de risco, que incluem obesidade e histórico familiar da enfermidade em pai, irmão ou tio. Homens da raça negra também possuem mais chances de desenvolver o câncer. “Todo homem, a partir dos 50 anos, mesmo sem sintomas, devem ir ao urologista. Já quem faz parte do grupo de risco precisa iniciar o acompanhamento a partir dos 45 anos”, recomenda.
Além disso, um estilo de vida saudável pode contribuir para que não haja o surgimento da doença. Nesse sentido, é essencial manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e não fumar. Segundo Lahr, pesquisas mais recentes indicaram que o tabagismo, o consumo de alimentos gordurosos e o sedentarismo são fatores que aumentam a probabilidade de um homem desenvolver a enfermidade.
Além do câncer
A próstata possui o tamanho de uma castanha e está localizada abaixo da bexiga. A principal função dela é produzir secreção para nutrir e transportar os espermatozoides. De acordo com o urologista, além do tumor, a glândula pode sofrer outras alterações que, diferentemente do câncer, apresentam sinais de imediato e requerem atenção. “Ela é capaz de desenvolver uma inflamação, a prostatite, e o crescimento benigno, conhecido por hiperplasia prostática benigna, com sintomas aparentes e fáceis de identificar que algo está errado”, complementa.
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