Fernando Machado

Jornalista desde 2008, é apresentador do SBT Meio-dia, repórter de rádio e produtor de conteúdo para site e mídia sociais.


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Fernando Machado

Não é hora de greve, professores

Nosso Estado está tomando o rumo de retornar com as atividades dentro de rigorosos protocolos e a educação deve caminhar neste sentido

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Foto: Cristiano Estrela / Secom
Foto: Cristiano Estrela / Secom

Eu preciso iniciar lembrando do respeito que tenho aos profissionais na educação. Estudante de escola pública durante a vida inteira, eu sei bem das dificuldades. Também reconheço o papel que o professor tem na vida dos menos favorecidos, vai além do levar conhecimento, é um apoio na formação social dos estudantes.

Falei isso para que a racionalidade oriente minhas palavras sobre o atual momento da educação no nosso Estado. Quero focar na situação dos professores e, acompanhando todo o processo desde o início da pandemia, ouvindo relatos diários de pais e professores, mostrando na TV todo planejamento feito pela Educação Pública, é hora de dizer: greve não.

Os professores não estão livres da doença, mas também não podem se auto beneficiar do afastamento das funções por decisão própria. E se todos os setores parassem? Greve geral, e aí, como ficaria?

Justa a manifestação da categoria exigindo cuidados e protocolos rigorosos; mas parar? Não oferecer a possibilidade de escolha das famílias pelo retorno ou não das aulas presenciais?

Eu preciso lembrar o que já disse aqui, estudantes em sala de aula é uma necessidade para muitas famílias, as mais pobres aliás, onde pais trabalham o dia todo e os filhos ficam na rua ou pulando de galho em galho na casa de parentes. Muitas vezes sem alimentação. Que segurança é essa? Como que o ambiente escolar não pode ser melhor que isso?

Mas praia pode, bares e restaurantes também?

E esses professores que criticam o retorno das aulas, mas estão com vida ativa, registrando tudo nas redes sociais. Passeios, praias e muita curtição? Não vou generalizar, mas existem casos sim.

Nosso Estado está tomando o rumo de retornar com as atividades dentro de rigorosos protocolos e a educação deve caminhar neste sentido.

Um ano de educação remota e muitos estudantes reclamando do modelo, que foi o melhor para a realidade que vivemos, mas longe de substituir a rotina em sala de aula.

Que as famílias tenham a opção de voltar ou não. E os professores também.

Mas greve não!


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