Melissa Amaral

Mestre e doutoranda pelo PPGEGC/UFSC. Pesquisadora no grupo CoMovI em Empreendedorismo, ESG, Diversidade nas Organizações e Empoderamento da Mulher.


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Melissa Amaral

Não se calem! NÃO SE CALEM jamais!

Esse tema é complexo e difícil, mas precisamos falar sobre esse assunto todos os dias, até que a violência contra a mulher não aconteça mais.

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Violência contra mulher
Violência contra mulher

Fico muito triste de mais uma vez trazer aqui na coluna esse assunto, mas não posso me calar. Esse tema é complexo e difícil, mas precisamos falar sobre esse assunto todos os dias, até que a violência contra a mulher não aconteça mais. 

Não se calem! Não se calem jamais! Eu não vou me calar! Disse Pamella Hollanda, ao denunciar, divulgando vídeos no seu perfil do Instagram de agressões físicas sofridas pelo ex companheiro DJ Ivis. Na semana passada, novamente em Lages, SC, mais uma mulher foi encontrada morta, desta vez no quarto de um hotel. O terceiro feminicídio na cidade em 2021, e mais uma vez se procura saber as possíveis “causas” para o assassinato, como se qualquer causa justifique o crime.

Em qualquer um dos casos, a mulher é a vítima e também culpada. Culpada por se envolver com uma pessoa violenta, culpada por ter a profissão errada, culpada por não sair da relação ao primeiro sinal de abuso ou violência. 

Desde o início da pandemia da COVID 19, no Brasil, 1 em cada 4 mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência, e a cada 1 minuto 8 mulheres são agredidas, sim eu disse OITO mulheres a cada minuto, com um agravante, a minoria era branca, quem mais sofre violência são mulheres pretas e pardas. Outro agravante, a maioria foi agredida por alguém da sua relação, parceiro atual ou do passado. Das mulheres agredidas, apenas uma parcela muito pequena denunciou às autoridades. 

Romper o ciclo abusivo de violência é uma decisão importante, mas muito difícil para a mulher. Não importa se a violência é sexual, física ou moral. Ao denunciar a violência a mulher fica a mercê dos paladinos da moral e dos bons costumes e na grande maioria das vezes é julgada ao se expor e principalmente expor o homem violento. E isso acontece tanto com pessoas mais simples e desconhecidas e como com celebridades.

A divulgação dos vídeos desse músico agredindo a então companheira me fez refletir a respeito, e ao ter o desprazer de assistir e confesso que fiquei enjoada. 

Quando uma pessoa se envolve em um relacionamento abusivo, em que existe violência física, sexual ou moral, essa pessoa não quer sofrer, mas muitas vezes não consegue sair da relação em função do ciclo da violência:  tensão (ou abuso emocional), ataque (agressão) e lua de mel (perdão). 

Fonte: Governo de SC, Twitter (2019)

Mas, e o que a pessoa vítima de violência pode fazer para sair desse círculo vicioso de sofrimento?

  • O primeiro passo é identificar e reconhecer que está sendo vítima de violência. É um passo difícil e importante pois as vezes a violência não é encarada como tal.
  • Mas repito: Quem ama não machuca, não agride e não mata.
  • DENUNCIE! Se a violência for física ou sexual: Ligue 180 e Disque 100 são canais de denuncia que funcionam muito bem inclusive orientando a vitima. 
  • Forme uma rede de proteção. Conte com sua família, amigos ou com associações de amparo a vítimas de violência doméstica.
  • Acredite em você. No poder que você tem de sair do fundo do poço e construir uma vida feliz sem violência. 

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