Promovendo a equidade, incluindo a diversidade
Parece um jogo com as palavras do momento, mas não é.
• Atualizado
Primar pela equidade fomentando a diversidade e inclusão nas organizações vai muito além de aceitar diferentes gêneros, raças, tipos físicos, deficiências, religiões, orientações sexuais ou idades. É sobre respeito. Respeito às culturas, ideias, histórias de vida.
A diversidade fala sobre pessoas, suas vivencias individuais que constroem cada um como ser singular, único. Seus marcadores sociais (gênero, altura, orientação sexual, religião etc.) não diminuem em NADA quem elas são e quanto podem contribuir.
Inclusão tem a ver com senso de pertencimento. Existem pessoas com características “diferentes” que trabalham em uma empresa, mas não se sentem incluídas. Não adianta somente ter diversidade, é imprescindível a preocupação de incluir todos e todas.
A equidade busca a igualdade por meio de processos que enxergam cada jornada como individual. Nenhuma pessoa parte do mesmo lugar, alguns começam com vantagens outros com barreiras, como é o caso de mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+, pessoas com deficiência etc. A equidade tenta equilibrar as dinâmicas de poder buscando a justiça.
Nos últimos anos, as grandes organizações perceberam a necessidade de contratar profissionais com conhecimentos e histórias de vida diversificadas. Se deram conta de que quanto mais diversa a cultura da organização mais inovação acontece e o resultado aumenta. Incentivar a diversidade, inclusão e a equidade (DIE) é visto como algo muito importante e está no radar tanto de grandes como de pequenas e médias empresas.
Empresas diversas inovam mais e tem resultados melhores, mas será que o setor corporativo deve investir em DIE apenas para benefício próprio?
Não. As empresas estão focando em serem mais diversas e inclusivas porque além de melhorar o resultado, é o correto a fazer. Imaginem se o mundo todo utilizasse o potencial intelectual de todas as pessoas?
Quando falo nesse assunto, algumas coisas me intrigam.
Eu fico me perguntando de onde tiraram que somente os homens são competentes? Estão aí Luiza Trajano, Rachel Maia, a deputada Ângela Amin, para dizer ao contrário.
De onde saiu a ideia de que pessoas negras têm menos capacidade? O que dizer de Djamila Ribeiro, Oprah, Maju Coutinho?
Quem foi que disse que pessoas LGBTQIA+ são complicadinhas? Podemos ver o exemplo do governador do RS Eduardo Leite, o presidente da Apple Tim Cook, Miguel Serra Alquezar, VP de RH para América Latina da Schneider Eletric ou Bruno Crepaldi, superintendente do banco Itaú Unibanco. Pessoas negras, mulheres e homosexuais que enfrentaram o preconceito e venceram na vida.
Penso que só não temos mais exemplos no nosso dia a dia porque as pessoas que sofrem preconceito muitas vezes não têm forças para romper as barreiras e trilhar um caminho de sucesso. Não é fácil assumir quem você é, escutar diariamente piadinhas pelo seu físico, enfrentar um chefe assediador, trocar de emprego quando sua opinião não é ouvida ou não vislumbra crescimento profissional não por falta de capacidade, mas por seu marcador social (cor, gênero, orientação sexual etc.).
E é aí que entram as empresas, pois quando incentivam a equidade, diversidade e inclusão transformam positivamente a cultura organizacional e da sociedade. Empresas diversas tem mais responsabilidade social criando ambientes diversos e inclusivos, dando oportunidades e respeitando cada colaborador na sua individualidade. Cuidando do bem-estar do colaborador essas empresas também atraem e retém talentos além de outros benefícios que só fazem bem para todos e todas.
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