Como o mestrado e o doutorado mudaram minha vida e podem transformar a sua também
Não vou romantizar: o caminho da pós-graduação é exigente e, muitas vezes, solitário
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Fazer um mestrado ou doutorado vai muito além de conquistar um título. A gente passa por um processo que transforma a nossa carreira sim, mas também transforma a maneira como enxergamos o mundo, e, principalmente, a nós mesmos.
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Eu posso dizer isso com propriedade, porque essa foi exatamente a experiência que vivi quando entrei no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento (PPGEGC) ou como chamamos carinhosamente: EGC, da Universidade Federal de Santa Catarina, a nossa UFSC.
Antes disso, eu já tinha feito duas especializações, na UNIPLAC em Lages e na ESPM em São Paulo, instituições que respeito e que me trouxeram muito conhecimento. Mas o mestrado e o doutorado foram um divisor de águas na minha vida pessoal e profissional. Desde o primeiro dia no EGC, percebi o quanto aquele ambiente me tiraria da zona de conforto e me faria crescer de verdade. Começando por me perder completamente dentro da UFSC, me atrasei para todas as aulas, e me perdi também na sala de aula, pois nos primeiros dias cheguei a ficar tonta de tanta informação que tive que transformar na marra (rsrsrs) em conhecimento!
A pós-graduação nos desafia de maneiras que não imaginamos. Além de desenvolver competências técnicas, ela testa a nossa resiliência, disciplina, capacidade de resolver problemas e gerir o tempo. Isso impactou diretamente em todas as áreas da minha vida. Eu aprendi sim sobre gestão do conhecimento, diversidade, empreendedorismo e liderança, mas mais que isso, eu aprendi a ser uma pessoa melhor, mais humana e consciente do meu papel no mundo.
Lembro com carinho das aulas de professores que são verdadeiras referências acadêmicas, como Neri dos Santos, Roberto Pacheco, Cristiano Cunha, Gregório Varvakis, Gertrudes Dandolini, Francisco Fialho, entre tantos outros que nos inspiram com seu conhecimento e trajetória. E tive a felicidade de ser orientada por outra sumidade tanto como acadêmica quanto como pessoa, a professora Édis Mafra Lapolli, cuja didática diferenciada e sensibilidade humana fazem toda a diferença. Com ela aprendi a empreender, na vida e pela vida.
Mas não vou romantizar: o caminho da pós-graduação é exigente e, muitas vezes, solitário. São anos de dedicação intensa, noites em claro, finais de semana de pesquisa e leitura (dica: tenha sempre uma cadeira de trabalho muito confortável!), aquela vontade de desistir que vez ou outra aparece. E é exatamente por isso que fazer parte de um grupo de pesquisa faz toda a diferença. No meu caso, o Grupo de Pesquisa CoMovI foi um espaço de produção científica (e como produzimos juntos!), mas também um refúgio, onde encontrei apoio, amizade e uma rede muito importante de troca de conhecimento.
Foi durante o mestrado que mergulhei em pesquisas sobre mulheres empreendedoras e as barreiras que enfrentam, e acabei me deparando com temas ainda mais profundos, como a violência contra as mulheres e todos os grupos minorizados. Isso ampliou minha visão de mundo e me levou a conhecer o conceito de ESG (práticas ambientais, sociais e de governança), que nortearam meu trabalho e minha tese de doutorado sobre sustentabilidade organizacional.
Quando olhamos para temas como empreendedorismo, diversidade, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, percebemos que a transformação começa na gente, na nossa casa, nas nossas escolhas, na forma como lideramos nossas equipes ou conduzimos nossos pequenos negócios. Não dá para esperar que a mudança venha só do governo ou das grandes empresas — cada um de nós é responsável por construir um mundo mais justo e sustentável.
E eu tenho certeza de que só cheguei a essas reflexões e ao amadurecimento pessoal e profissional que tenho hoje porque fiz e faço parte do PPGEGC da UFSC, um dos melhores programas do Brasil, com nota máxima (7) na CAPES (quanto Orgulho de Pertencer).
Além da excelência acadêmica, a UFSC, assim como outras universidades públicas como a UDESC, oferece acesso gratuito à educação de altíssimo nível, permitindo que pessoas de diferentes realidades possam transformar suas trajetórias.
Aliás, muita gente acha que para entrar num mestrado ou doutorado é preciso ter uma longa carreira acadêmica. Não é verdade. Quando passei no processo seletivo do PPGEGC, minha experiência acadêmica era bem modesta, e mesmo assim consegui, com dedicação e coragem. Por isso, quero compartilhar essa oportunidade com você.
As inscrições para o processo seletivo 2026 do PPGEGC começam dia 7 de julho, na próxima segunda feira, tanto para mestrado quanto para doutorado. Se você também quer dar esse passo e transformar sua vida, acesse o site.
Não estou ganhando nada com isso, viu! Apenas retribuindo um pouco do tanto que a UFSC e a pós-graduação me trouxeram. Se essa oportunidade mudou a minha vida, tenho certeza de que pode mudar a sua também. E quem sabe a gente se encontra pelos corredores da UFSC? Eu mesma continuo por lá, agora no pós-doutorado, porque, quando a gente começa a trilhar esse caminho do conhecimento, é difícil querer parar. Te vejo lá!
Pra quem ficou curioso, seguem os links para minha dissertação sobre mulheres empreendedoras: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/215233 e para minha tese de doutorado sobre ESG e Sustentabilidade Organizacional: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/264987.
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