Melissa Amaral

Mestre e doutoranda pelo PPGEGC/UFSC. Pesquisadora no grupo CoMovI em Empreendedorismo, ESG, Diversidade nas Organizações e Empoderamento da Mulher.


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Anita Garibaldi: parabéns e obrigada

Anita Garibaldi foi uma das principais figuras históricas femininas brasileiras, lutou bravamente, tendo atitudes muito ousadas para a época em que viveu

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Foto: Reprodução/Wikipedia
Foto: Reprodução/Wikipedia

Ana Maria de Jesus Ribeiro, nossa ANITA GARIBALDI conhecida como “A Heroína dos Dois Mundos”. Catarinense, nascida em 30 de agosto de 1821, foi uma mulher à frente do seu tempo. Lutou, junto com o segundo marido Giuseppe Garibaldi, em diversas guerras em vários paises, como a Revolução Farroupilha no sul do Brasil e pela unificação da Itália. Anita faleceu ainda jovem, em Mandriole, Itália, no dia 04 de agosto de 1849 com quase 28 anos.

Alguns estudiosos alegam que Anita Garibaldi teria nascido em Laguna, outros na cidade de Lages, ambas localizadas em Santa Catarina. Mesmo que por meio de uma ação judicial Laguna tenha ganhado essa honra, eu, particularmente, acredito mais na teoria, a meu ver também a mais plausível, que Anita nasceu em Lages.

Talvez por também ter Ribeiro no nome e porque meu avô materno “jurava de pé junto que éramos parentes” (licença poética é claro), mas principalmente porque, na cúria metropolitana de Lages existe o registro dos irmãos mais velhos e do mais novo dela, e, que mais ou menos na época do nascimento de Anita as folhas foram misteriosamente arrancadas.

Enfim, controvérsias históricas a parte, o espírito da nossa coluna de hoje é homenagear a catarinense Anita Garibaldi pelo Ano Comemorativo do Bicentenário de seu Nascimento, instituído pelo governo de Santa Catarina. Ela, foi uma das principais figuras históricas femininas brasileiras, lutou bravamente, tendo atitudes muito ousadas para a época em que viveu, rompendo com os padrões de uma sociedade que relegava às mulheres apenas o universo doméstico.

Quando falamos em empoderamento, falamos em ter poder, voz, atitude e liberdade, e pode-se perceber, quando se estuda a história de Anita é que ela foi uma mulher empoderada. Sua contribuição foi enorme não somente para o desenvolvimento e transformação dos lugares em que viveu, mas abrindo caminhos para a atuação feminina.

Anita Garibaldi__
Foto: Reprodução/Wikipedia

Por toda a vida Anita ousou e fez coisas inimagináveis para uma mulher naquela época e por isso viu-se diante de obstáculos, mas contornou, superou e os enfrentou bravamente, tudo isso nos idos de 1800. Anita perdeu o pai muito jovem, teve que casar-se logo em seguida para ajudar no sustento da família, seu primeiro marido foi embora e ela ficou novamente sozinha. Mesmo assim participava da luta pela República Juliana, revolução onde conheceu Garibaldi. Foi feita refém quando estava grávida do primeiro filho, mesmo assim engendrou uma fuga e escapou, perdeu sua segunda filhinha aos dois anos de idade, continuou lutando pelo que acreditava pela independência do Uruguai, fugiu para a Itália onde também participou ativamente da unificação do país, e acabou perdendo sua derradeira batalha, contra a febre tifoide.

Todas essas dificuldades inimagináveis no tempo de hoje não impediram Anita de se destacar e seguir o seu sonho. Deste modo, considero Anita Garibaldi o exemplo de uma mulher empoderada, com força, com voz, que enfrentou obstáculos, foi atrás do que acreditava e venceu.

Diante de tudo isso eu só duas coisas a dizer a minha “parente” distante e ícone do empoderamento das mulheres:

Parabéns pelo aniversário e obrigada.


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