Orquídeas Pretas vai retratar a mulher negra no samba joinvilense
Fase de pesquisa e pré-produção do documentário chega ao fim
• Atualizado
Chegou à etapa final de pesquisa e pré-produção o documentário “Orquídeas Pretas”, que vem para mostrar a força e representatividade da mulher preta joinvilense e suas contribuições para a sociedade.
Durante os meses de setembro e outubro, oficinas gratuitas foram oferecidas para mulheres de regiões periféricas interessadas em fazer parte da produção. Entre elas oficinas de câmera, áudio, roteiro e direção com Renan Bett e Gabriel Bazt, maquiagem para cinema com Daniela Machado, iluminação com Flavio Andrade e produção ministrada por Mari Silveira, todos profissionais com trajetória consolidada e reconhecimento no mercado.
O foco de “Orquídeas Pretas” é dar visibilidade a histórias apagadas, de mulheres que tiveram extrema importância no samba da maior cidade catarinense, além de confirmar a força motriz da mulher em qualquer sociedade. A ideia é fazer um levantamento de quem são essas mulheres, contar suas histórias, apresentar momentos marcantes desde a década de 60 até os dias atuais.
Orquídeas Pretas mistura música, cultura, moda, e será uma importante ferramenta audiovisual que dará suporte tanto para acadêmicos, como para a sociedade em geral, em pessoas interessadas em conhecer um lado da história pouco retratado. Lado em que mulheres pretas ocupam seu lugar em meio a uma sociedade patriarcal e predominantemente germânica, tornando-as assim, símbolo de resistência, exemplos para as novas gerações.
Segundo o coordenador e roteirista do projeto Marinaldo de Silva e Silva da Capital Criativo, essa fase inicial de pesquisa e pré-produção foi enriquecedora e a equipe está ansiosa para começar a rodar o filme na próxima etapa a ser aprovada. Além de Marinaldo, encabeça a produção Taysson Bett da Madrigal Filmes, diretor geral e proponente ganhador do edital da Lei de Incentivo à Cultura Paulo Gustavo. O projeto conta ainda com uma grande equipe que inclui: pesquisadora, figurinista, diretora de arte, diretora musical, intérprete de libras, entre outros.
O nome do documentário, faz uma alusão as orquídeas negras, flores extremamente belas e que chamam a atenção dos apreciadores da espécie Orchidaceae. Apesar do seu nome sugerir que as suas pétalas seriam de fato negras, a cor real da Orquídea negra é um vermelho extremamente escuro, e é uma das espécies mais fáceis de serem cultivadas em casa. Todos estes elementos somados ao fato do seu nome fazer parte de músicas famosas e até algumas histórias fictícias, dá à Orquídea Negra uma simbologia poderosa: de austeridade, autoridade, poder e ousadia. Outro fator sugestivo, é o de que Joinville seja considerada cidade das Flores, sendo assim, nada mais justo que homenagear essas mulheres negras, com esse título.
Com a primeira parte do projeto finalizada, haverá um lançamento oficial ainda esse ano, para apresentação do teaser do documentário.
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