Maria Ester

Jornalista, apresentadora do SBT Meio-dia e especialista em Gestão de Comunicação.


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Já ouviu falar do “Efeito Zoom”?

Efeito aumenta insatisfação dos brasileiros com a aparência e faz procura por rinoplastia disparar

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Foto: Freepik | Banco de Imagens
Foto: Freepik | Banco de Imagens

A relação das redes sociais com a crescente busca por procedimentos estéticos fica cada vez mais evidente. O uso excessivo de filtros que alteram a aparência e a exposição constante a fotos e vídeos que exalam padrões de beleza afetam diretamente a autoestima e a percepção que cada um tem de si. O exemplo mais recente disso é o chamado “efeito Zoom”, uma alusão às chamadas de videoconferência que se popularizaram durante a pandemia do coronavírus. As inúmeras reuniões por vídeo, as lives e o maior tempo em frente às telas fizeram com que as pessoas olhassem mais para a própria imagem, algo que, para muitos, foi motivo de insatisfação.

Como consequência, houve um aumento exponencial na busca por rinoplastia entre os brasileiros. No ano passado, de acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), o Brasil liderou o ranking de países que mais realizaram o procedimento no mundo. Conforme o otorrinolaringologista Márcio Freitas, o uso exagerado das redes sociais e suas demais ferramentas pode gerar uma distorção de imagem. “A rinoplastia é um procedimento de pequeno porte, feito tanto com o objetivo de proporcionar mais equilíbrio e naturalidade à face, quanto para melhorar a função respiratória. Porém, não se pode recorrer a ela por impulso ou modismo”, destaca.

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Freitas ressalta que a cirurgia exige uma série de cuidados, principalmente, em relação à escolha do profissional e da clínica. “Um cirurgião plástico responsável irá respeitar as características individuais de cada rosto, esclarecer todas as dúvidas do paciente, orientar e indicar quais as técnicas mais adequadas para o caso”, explica. Ainda segundo o otorrinolaringologista, a cirurgia é recomendada para corrigir alterações estéticas e também funcionais do nariz, como o desvio de septo. Com ela, é possível remodelar a parte óssea da estrutura nasal e também a parte cartilaginosa.

Ela ainda comenta que o nariz ocupa uma posição central no rosto e seu formato e tamanho podem comprometer a harmonia facial, gerando constrangimento e problemas de autoestima. “Mas, antes de decidir fazer ou não o procedimento, o paciente precisa entender a sua real motivação para a cirurgia e adequar as expectativas com a realidade, evitando frustrações”, ressalta.

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