Outubro Rosa: Mitos e verdades sobre o câncer de mama
Desodorante causa câncer de mama? E o silicone, é seguro? A mastologista Dra. Rebeca Heinzen esclarece os principais mitos e verdades.
• Atualizado
Na primeira parte da nossa conversa com a mastologista Dra. Rebeca Heinzen, na coluna da semana passada, falamos sobre os primeiros sinais do câncer de mama, exames e a importância do diagnóstico precoce.
Se você ainda não leu, vale a pena conferir.
Outubro Rosa: como identificar os primeiros sinais e prevenir o câncer de mama
Agora, nesta segunda coluna, quero te convidar a desmistificar alguns mitos e verdades sobre o câncer de mama que ainda geram muitas dúvidas entre as mulheres.
Desodorante causa câncer de mama?
“O desodorante, inclusive o tipo roll-on, não causa câncer de mama.”
Ela explica que, na verdade, muitas mulheres descobriram o nódulo enquanto passavam o desodorante e associaram o produto ao problema. Outro mito comum é o de que o alumínio presente nos desodorantes seria perigoso, o que também é falso.
“Esses produtos passam por testes rigorosos e são seguros. O risco só existe para quem tem contato industrial com alumínio em grandes quantidades”, esclarece.
Sutiã com aro aumenta o risco?
Outra clássica é a teoria de que o sutiã com aro impede a circulação e causa câncer de mama.
“Não tem relação alguma”, afirma Rebeca.
O importante é que o sutiã seja confortável e ofereça sustentação, para evitar dor ou desconforto, não doença.
Reposição hormonal é perigosa?
Esse é um tema que gera dúvidas em muitas mulheres, especialmente após a menopausa.
Rebeca explica que os hormônios usados atualmente são muito mais seguros.
“Hoje, temos estrogênios e progesteronas com estrutura molecular semelhante aos hormônios naturais da mulher, o que reduz muito os riscos”, diz.
Ela ressalta, porém, que cada caso deve ser avaliado individualmente com o ginecologista.
E o silicone? Ele causa câncer de mama?
“Definitivamente, não!”, responde Rebeca. “O silicone é usado justamente para reconstruir as mamas de mulheres que venceram o câncer.”
O que existe, segundo a médica, é um tipo raríssimo de linfoma associado à prótese, mas que não é câncer de mama e o tratamento é a retirada do implante.
Álcool e hábitos de vida também influenciam
Além dos mitos, Rebeca reforça os fatores de risco reais.
“O álcool é um carcinógeno importante. Uma taça por dia já aumenta o risco de câncer de mama em 15%. Duas taças elevam esse número para 50%”, explica.
O mesmo vale para o sedentarismo e o sobrepeso, que continuam sendo os maiores vilões na prevenção.
Com tanta informação circulando, o Outubro Rosa é um lembrete valioso: informação e cuidado são os nossos melhores aliados.
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