Joe Biden e o Agro Brasileiro

Com o agronegócio brasileiro em ascensão, exportando como nunca, uma pergunta teima em se repetir. Como fica a agricultura brasileira com a eleição de Joe Biden? Os democratas, por natureza ideológica, são mais sensíveis às questões ambientais, com foco na economia verde. E o recado do democrata, ao mundo, foi dado já no primeiro debate presidencial. Biden disse, claramente, que vai oferecer US$ 20 bilhões para impedir o avanço do desmatamento na Amazônia. E prometeu também sanções severas caso não haja mudança de comportamento do governo brasileiro.

É fato que o agronegócio nacional, dentro de sua variada cadeia produtiva, entendeu o recado. Não só esse dos Estados Unidos, mas do mundo todo, porque a questão ambiental está intimamente ligada ao desenvolvimento das matrizes sustentáveis. E aqui é possível citar alguns exemplos nesse caminho.

A JBS, maior processadora de proteína animal do mundo, comunicou ao mercado, recentemente, que vai rastrear todos os seus fornecedores que atuam na Amazônia Legal e zerar o desmatamento na região até 2025.

Já a Bunge, que tem DNA americano e também está entre as grandes empresas mundiais do agronegócio, deixou claro em nota que controla 100% das compras de fornecedores e que vai rastrear toda a cadeia em 05 anos.

E esses movimentos são imprescindíveis para quem deseja crescer e crescer com sustentabilidade, porque o mercado americano e o europeu adquiriram do Brasil algo em torno de 200 milhões de toneladas de produtos, com receitas que chegaram a US$ 97 bilhões, segundo o Ministério da Agricultura.

Quem está no campo sabe que é preciso manter o foco na competitividade e aí entram diversos fatores, como produzir com excelência, sustentabilidade, padrão genético, respeito ao meio ambiente e foco total no bem estar humano. Porque produto bom e de qualidade todo mundo consome. E esse nós temos!