O consumo brasileiro de vinhos
Nem só de vinhos brasileiros vive o brasileiro. Conheça um pouco mais sobre o perfil de consumo de vinhos no Brasil.
• Atualizado
Continuando o mês pátrio, trazemos mais alguns dados sobre o perfil do consumo de vinhos no Brasil. Acompanhe-nos!
Nem só de vinhos brasileiros vive o brasileiro
O título, inclusive, é mais animador do que o são os números de comércio do setor: mais de 40 % do vinho vendido no Brasil é importado, sendo que a totalidade desse vinho é de uvas europeias. Assim, relacionando o comércio de vinhos nacionais e importados, a cada dez garrafas de vinho fino, apenas uma é brasileira, aproximadamente. O vinho mais vendido no Brasil é chileno, e em comparação, responde por cerca de quatro daquelas nove garrafas citadas.
Esses números são dinâmicos, como se pode imaginar, mas o score atual é este. Muito se fala sobre o aumento do consumo de vinhos nacionais durante a pandemia de COVID-19, porém o aumento de consumo de vinhos importados também ocorreu e a tendência de predomínio destes últimos praticamente se manteve. Além disso, as tendências de aumento, como eram facilmente previsíveis, já se transformaram em queda, na medida que a vida tende a voltar à normalidade e a economia patina rumo à melhoria.
Nem de vinho vive a maioria dos brasileiros…
As estatísticas mostram que, dentre as bebidas alcoólicas, consumimos mais cachaça do que vinho, por mais surpreendente que esse dado possa parecer! Esses dados referem-se ao consumo em litros, independente da graduação alcoólica. Deste modo, não representam exatamente o quanto álcool se consome em números absolutos. A cachaça tem algo como três vezes mais álcool que o vinho e as estatísticas, se fossem convertidas a doses padrão de álcool, seriam ainda mais assustadoras.
Consumimos cerca de 1,7 vezes mais cachaça do que vinho. Mas a bebida alcoólica mais consumida pelo brasileiro é a cerveja. Comparada à cachaça, bebe-se 24 vezes mais cerveja. Em relação ao vinho, este número salta para 40 vezes mais!
O consumo de vinho, em 2020, chegou a 2,78 L por habitante. Convém lembrar que o ano foi atípico devido à pandemia de COVID-19, que trouxe um aumento histórico no consumo de vinho. Logo, pode-se esperar que esse número decresça no avançar dos anos. Para se ter ideia do quanto isso representa um baixo consumo, o maior consumidor de vinhos do mundo, atualmente, é Portugal, com pouco menos de 59 L/hab/ano. Os hermanos argentinos, por sua vez, consomem quase 27 L.
Independência ou sorte!
Não é demais lembrar que as balizas do consumo de cada pessoa quase sempre são o quanto se pode ou se quer pagar por uma garrafa e o que se encaixa melhor no paladar individual. Em um país que ainda rema no consumo de vinhos, não faz o menor sentido discriminar qualquer que seja o gosto do consumidor, pois isso apenas serve para afastar os já não tão numerosos consumidores.
Também não tem mal nenhum que aqueles que não conhecem sobre vinhos aventurem-se livremente nas adegas e prateleiras dos supermercados. Às vezes, a sorte da boa escolha vai garantir bons momentos e a dica da próxima compra. Em outras, uma má escolha pode virar sagu, quentão, sangria, clericot, ou mesmo um bálsamo para as visitas sedentas mais desavisadas… E já que o mês pátrio é sobre liberdade, exerçamos a nossa enquanto consumidores. Sem amarras, sem preconceitos, buscando por aquilo que o vinho tem de melhor: proporcionar prazer e bons momentos.
Santé!
por Jucelio K. Medeiros
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